Em entrevista à Rádio Metrópole, no dia 19 de maio, o governador do Estado da Bahia, Sr. Rui Costa, a meu ver, jogou os professores contra a população, principalmente os professores das universidades estaduais em greve.
Pelo teor da entrevista o governador chamou os professores de preguiçosos e irresponsáveis e que a greve não tinha nenhum sentido, e que estes educadores têm salários de 20 mil reais. Na realidade, sabemos que poucos têm esta remuneração e que não justo dizer que muitos educadores fiquem seis meses em casa sem trabalhar, será que isto é verdade?
A propaganda do governador diz que seu governo é o que mais valoriza a educação. Mas, pelo que nós temos visto o governador se transformou em inimigo da educação e dos servidores públicos da Bahia. Outra questão abordada nessa entrevista é que a greve foi deflagrada sem negociar, me parece que esta atitude foi tomada em função do governador não atender aos servidores públicos em nenhum momento, assim como fez com APLB, no episódio do fechamento das escolas. O governador não sentou à mesa com os representantes do movimento do funcionalismo público para discutir o reajuste linear. Ele alega que o Estado não tem recursos para dar esses aumentos. O importante é o governador saber que, enquanto ele não se sentar à mesa com os servidores públicos, não acreditamos em suas palavras.
Antes mesmo de discutir com os servidores o governador tomou algumas medidas que se iguala ao que tem feito o presidente Jair Bolsonaro. Rui Costa fez a reforma da Previdência estadual, aumentando alíquota da contribuição previdenciária para servidores de 12% para 14%. e realizando outros ataques aos direitos dos trabalhadores públicos. Quando da aprovação do seu pacote de retirada de direitos, por deputados governistas que sequer questionaram a proposta, tivemos que invadir o plenário da Assembleia Legislativa. O governador mandou suas tropas de policiais militares garantir a votação do projeto na calada da noite.
Durante a entrevista à Rádio Metrópole, o governador Rui Costa, ao falar que os funcionários públicos há 5 anos sem reajuste salarial, afirmou que ele também estava sem reajuste. Ele só esqueceu de dizer que não paga aluguel de casa, água, energia, alimentação, plano de saúde como a maioria da população paga.
Não vamos dizer que o governo não executa obras, isto está acontecendo sim. Não entendemos é o ódio do governador contra o funcionalismo que já tem cinco anos sem reajuste. Isso atinge de forma contundente os aposentados, principalmente os que estão à beira da fome devido o aviltamento de seus salários. Esses companheiros deram suas vidas ao Estado e hoje são humilhados pela uma política salarial repressiva, quando a inflação e custo de vida aumentam a cada instante. Vejam que as taxas públicas aumentam todos os dias: transporte coletivo, gás de cozinha, água, luz, alimentos. Já o salário dos funcionários continuam estagnados. Pelo andar da carruagem nunca mais os trabalhadores públicos vão ter reajuste salarial. Vemos que em estados que têm receita menor, por exemplo o Maranhão, o funcionalismo está com salário em dia e professor é valorizado. Aqui, na Bahia, acontece a retirada de milhões do Planserv, que piorou de forma visível o atendimento, e as reclamações são constantes, para piorar a situação a cada mês faltando dinheiro em nossos salários sobre e o governo alega são erros técnicos das máquinas. Só que os erros nunca colocam o salário a mais, só a menos.
O funcionalismo precisa se unificar para dar resposta a esta situação.
Nivaldino Felix
Diretor de Imprensa da APLB-Sindicato
Coordenador do DEFE (Departamento de Funcionários)
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