“Nas ruas é que vamos derrotar essa política que desmonta a Educação e a coloca sob domínio do mercado”, diz Rui em ato na UFBA

“Nas ruas é que vamos derrotar essa política que desmonta a Educação e a coloca sob domínio do mercado”, diz Rui em ato na UFBA

A APLB-Sindicato marcou presença hoje (2) no Ato em Defesa Educação, na reitoria da UFBA, em Salvador. A mobilização faz parte da programação da Greve Nacional da Educação, que começou nesta quarta-feira e vai até amanhã (3), contra os cortes de verbas para as universidades, em defesa da Educação Pública e da recomposição do orçamento dos Institutos Federais de Educação na sua integralidade. O protesto também é contra o projeto “Future-se” do governo federal, que, na prática, significa a privatização das universidades públicas do país.

Ainda pela manhã, a APLB realizou também uma assembleia com professores da Rede Municipal de Ensino para atualizar a categoria sobre as negociações com a Secretaria Municipal de Educação (SMED).

“O prefeito de Salvador, ACM Neto, até o momento não apresentou proposta de reajuste salarial. Por isso, a categoria se mantém em estado de greve. Aprovamos uma agenda radical, para mostrarmos à administração municipal que trabalhador unido nunca será vencido. Nossa luta não se resume à rede municipal, lutamos também contra esse governo federal, que destrói direitos e está acabando com a Educação pública. Lamentavelmente, o prefeito de Salvador tem adotado a mesma política, tratando a Educação, não como investimento, mas como custo. Resistiremos a todos esses ataques, mobilizados na luta em defesa da categoria e por um ensino público de qualidade”, declarou Elza Melo, diretora administrativa da APLB.

Amanhã, a partir das 9h, na praça do Campo Grande, na capital baiana, as manifestações se estendem com a participação de professores, estudantes, entidades e movimentos sociais de toda a Bahia.

“Estamos numa crescente mobilização em defesa da Educação, do serviço público, dos trabalhadores e trabalhadoras e pela democracia. Os ataques à Educação começaram ainda no governo Temer, com a aprovação da EC 95 (que reduz e congela investimentos públicos em áreas sociais, como Saúde e Educação), da lei da terceirização irrestrita, a reforma trabalhista, entre outras medidas nocivas, aprofundadas com essa política de extrema direita do governo Bolsonaro.  Fazemos um apelo  a todos e todas para que para que possamos, amanhã, realizar um grande ato. Nas ruas é que vamos derrotar o governo e essa política que desmonta a Educação pública e a coloca sob o domínio do mercado.

Rui ainda fez críticas à portaria publicada pelo governo estadual, no último dia 9, no Diário Oficial, permitindo que entidades privadas, descritas como Organização Social (OSs) administrem escolas estaduais em Salvador, Alagoinhas, Ilhéus e Itabuna.

“Precisamos construir uma unidade contra qualquer intervenção do mercado na Educação pública. A APLB e demais entidades defensoras da Educação estão divulgando nota repudiando essa atitude do governo da Bahia.  Tal medida caracteriza a terceirização de funções exercidas por professores e funcionários administrativos da Educação, transferindo a responsabilidade do estado à iniciativa privada, medida que só favorece os “empresários da Educação”, concluiu o coordenador geral da APLB.

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