APLB-Sindicato repudia declarações de ministro Rui Costa sobre o funcionalismo público

APLB-Sindicato repudia declarações de ministro Rui Costa sobre o funcionalismo público

A APLB-Sindicato repudia com veemência as declarações do ministro Rui Costa (Casa Civil) sobre o funcionalismo público, feitas durante uma recente entrevista à rádio Metrópole. Na ocasião, o ex-governador da Bahia afirmou, de maneira grotesca e desdenhosa, que servidores públicos possuem uma ‘tendência à inércia’ e que precisam de uma ‘fungada no cangote’ para atuar com eficiência.

Não é possível admitir um tratamento desta natureza, ainda mais partindo de um agente político que ocupa um cargo estratégico nas articulações do governo federal com o funcionalismo público e as entidades que o representam. Rui Costa reforça, de modo irresponsável, um estigma de que servidores são parasitas e ineficientes, discurso comum no governo anterior, que foi derrotado também com o apoio de servidores.

Na Bahia, profissionais da educação pública trabalham duro, com compromisso e dedicação, apesar de enfrentarem diversos desafios estruturais e de valorização da carreira. Cenário que o ex-governador conhece bem, pois esteve à frente do Executivo estadual por dois mandatos – sem contar o período em que foi secretário do ex-governador Jaques Wagner -, sendo, então, corresponsável pelos problemas aqui enfrentados.

Transferir ao funcionalismo a responsabilidade pela ineficiência da gestão pública é, além de injusto, também uma manifestação de ingratidão a uma categoria que, diante de um quadro reduzido de pessoal, acumula atividades e funções que não lhe são típicas e, ainda assim, não se furta ao compromisso de servir à sociedade. Ao invés de serem chacoteados, os servidores deviam ser lembrados quando surgem os bons resultados das políticas implementadas, durante os governos. Não são.

Além de repudiar as declarações do ministro da Casa Civil, a direção da APLB ainda aguarda uma retratação, o mínimo que se espera, diante de uma cena deprimente de desrespeito e desconsideração.

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