APLB-SINDICATO, MAIS UMA VEZ, MOSTRA SUA FORÇA NO 2 DE JULHO
Por: Assessoria de Imprensa da APLB-Sindicato
Como sempre acontece, a APLB-Sindicato participou ativamente da festa cívica do 2 de Julho, reafirmando suas bandeiras, que são as reivindicações dos trabalhadores em educação, e sua posição por uma educação pública, gratuita e de qualidade.
Partindo do Largo da Lapinha, às 9 horas, o desfile saiu com a cabocla e o caboclo à frente, símbolos do povo brasileiro, percorrendo as ruas do Centro Histórico da capital, subindo a ladeira do Pelourinho, em direção ao Largo Terreiro de Jesus.
É uma festa que tem uma marca política e popular, a exemplo da primeira vez que o povo saiu às ruas, no dia 2 de Julho de 1823, para alegremente comemorar a saída de Salvador do general português Madeira da Melo, derrotado por heróis brasileiros despossuídos e descalços, entre os quais estavam as heroínas Maria Quitéria de Jesus e Maria Felipa. Eram brasileiros descendentes de escravos e de brasileiros brancos pobres que nada tinham e que lutaram pela independência da Bahia consolidando a independência do Brasil.
A APLB-Sindicato, entidade legítima representante dos trabalhadores em educação da rede estadual, e das redes municipais desse nosso extenso Estado, com seus 61 anos de existência, organizada na maior parte dos 417 municípios, tem sido resoluta nos embates contra o governo totalitário que por muito tempo mandou na Bahia, e tem mostrado sua mesma aptidão de luta durante o governo democrático instalado há 7 anos.
É a APLB-Sindicato a entidade que sempre se contrapôs à política de exclusão adotada por esse grupo político que impunha uma educação para o povo tão-somente para reproduzir a ideologia que dê sustentação aos seus interesses;
É a APLB-Sindicato que lutou intransigentemente para tirar a Bahia da vergonha nacional em termos de educação, pelos altos índices da evasão e exclusão escolar;
Enfim, é a APLB-Sindicato que mantém erguida a bandeira por uma educação que seja integradora, unitária, politécnica, que articule os saberes científicos, tecnológicos e sócio-históricos, a ciência, a cultura e o trabalho, o pensar e o fazer, o refletir e o agir, atendendo a pluralidade étnico-racial e cultural da nossa comunidade, para que os educandos se tornem sujeitos construtores de conhecimento, participantes ativos da vida social, política e produtiva do nosso Estado e do nosso País;
Por que a Independência da Bahia, no imaginário dos baianos, tem uma conotação popular tão forte? A pergunta pode ser respondida sem erro ou temor de que a festa do 2 de Julho, diferentemente do 7 de setembro, foi entendida como o evento mais fortemente ligado às causas populares. A força do povo é que tornou vitorioso o movimento que resultou na Independência da Bahia do domínio opressor dos colonialistas.
É esta força que nos dá esperança de que venhamos a ter uma Bahia cada vez melhor, com redução, ou mesmo fim, do abismo que separa social e economicamente as pessoas. A começar pela educação, que na Bahia sempre esteve em conflito social.
E se hoje seu contracheque está melhor é graças à luta dos trabalhadores em educação do Estado da Bahia, por meio da sua entidade, a APLB-Sindicato – que possui 80 mil sócios das redes estadual e municipais – e há 61 anos vem batalhando em defesa de uma escola pública de qualidade, gratuita e eficiente.
Para a categoria, são inegáveis suas conquistas. Não existe na Bahia nenhuma entidade que nos últimos anos tenha alcançado mais conquistas do que a APLB-Sindicato. Conquistas estas fruto de muita luta e determinação da categoria e da sua diretoria experiente e combatente, mesmo tendo 90% dos seus dirigentes trabalhando na rede, não liberados para suas atividades sindicais.
Além de liderar as lutas no âmbito educacional, nos últimos 15 anos a APLB viveu momentos intensos em todas as transformações ocorridas no Brasil. Por exemplo: o sindicato combateu a política neoliberal de Fernando Henrique Cardoso, demonstrando cientificamente os equívocos da privatização e da terceirização; e esteve na linha de frente na construção de uma política que levou um operário a ser presidente da República.
A APLB-Sindicato é intransigente na defesa de uma escola pública de qualidade. Por isso, defendeu mais verba para a educação, com a implantação do Fundeb e do Piso Salarial. O sindicato está na luta pela aprovação do Plano Nacional de Educação.
A APLB-Sindicato exige a Valorização dos Profissionais da Educação na luta pelo Piso Salarial (Formação) e Gestão (Carreira).
Nas redes municipais a APLB-Sindicato se enraizou e está consolidada em quase todos os 417 municípios baianos, sendo referência de luta e por isso mesmo tem influenciado a política de cada localidade. Especificamente na rede municipal de Salvador, conquistamos:
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A eleição direta para gestor escolar (uma das redes pioneiras em estabelecer a gestão democrática);
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AC para os profissionais da educação que atuam no noturno;
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Ao mudar de nível os efeitos financeiros ocorrem a partir da data do pedido;
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Garantido ao profissional da educação readaptado a manutenção de todas as gratificações sem nenhum prejuízo;
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O professor passar do quadro efetivo para o quadro suplementar ao se graduar;
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Reajustes substanciais nos últimos anos;
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Não abrimos mão da isonomia entre ativos e aposentados;
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Mudança de referência aos profissionais da educação que se encontram no estágio probatório, assim como aos que estão no mandato classista;
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Pagamento dos salários dentro do mês trabalhado;
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Pagamento do salário férias em dezembro;
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Paridade nas gratificações dos professores e coordenadores pedagógicos (45%);
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Implantação da gratificação de periferia aos profissionais da educação não docentes;
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Extensão da gratificação as pessoas com necessidades especiais aos profissionais da educação que atuam em classes hospitalares;
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Aumento da gratificação dos secretários escolares;
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Aumento substancial das gratificações dos gestores e vice gestores escolares (em parceira com o fórum de gestores);
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Que todos os anos o calendário letivo seja o aprovado pela categoria;
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Impedimos a instituição do Instrumento de avaliação Índice Guia na rede;
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Rejeitamos ao ALFA e BETO e impedimos a obrigatoriedade desse programa como queria a atual administração, onde a maioria das escolas optou pela sua não aplicação;
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Impedimos a ampliação da carga horária dos professores e a mudança de horário de funcionamento das escolas;
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Garantimos a liberação de licenças premio e aprimoramento profissional;
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Além de diversas outras;
A luta continua e mais conquistas obteremos com a unidade da categoria através do seu sindicato – a APLB.
E por tudo isso a APLB-Sindicato participou do 2 de Julho e a reafirmou suas bandeiras. Para quem acompanha a APLB-Sindicato e sua luta o que se ouve nas ruas, nas justas manifestações, não é novidade:
– 100% dos royalties do petróleo sejam destinados à Educação
– Piso Salarial Profissional Nacional seja respeitado e pago por todos os governantes
– Fim do Fator Previdenciário
– Os trabalhadores em Educação tenham em todo o país o Plano de Cargos e Carreira
– 40 horas semanais sem redução salarial
– Pagamento da URV
– Reforma Agrária
– A destinação de 10% do PIB para a Educação
– 10% do Orçamento da União para a Saúde
– Plano Nacional de Educação (PNE) já
– Ratificação da Convenção 158 da OIT
– Regulamentação da Convenção 151 da OIT
– Profissionalização dos funcionários da Educação
– Política de valorização dos aposentados
– Melhorias no transporte público e passe livre para estudantes.
VIVA A APLB-SINDICATO!
VIVA O 2 DE JULHO!
Na foto abaixo:
Arte: Jachson José
Foto: Getulio Lefundes
Crédito das fotos: João Ubaldo e Getúlio Lefundes