APLB-SINDICATO ABORDA QUESTÃO DO ALFA E BETO NA TRIBUNA POPULAR DA CÂMARA MUNICIPAL, NESTA SEGUNDA-FEIRA, 11/03

APLB-SINDICATO ABORDA QUESTÃO DO ALFA E BETO NA TRIBUNA POPULAR DA CÂMARA MUNICIPAL, NESTA SEGUNDA-FEIRA, 11/03

DSC_0126 DSC_0163Fotos: Getúlio Lefundes

A APLB-Sindicato ocupou a Tribuna Popular da Câmara Municipal, na sessão desta segunda-feira, 11/03, onde a diretora Jacilene Nascimento fez uma abordagem sobre a situação da educação na rede municipal de Salvador, com ênfase na questão do Alfa e Beto, programa amplamente rejeitado pela categoria.
Em sua exposição sobre os motivos da rejeição da categoria ao referido programa, a diretora da APLB assinalou que o Alfa e Beto vai de encontro às diretrizes municipais que vêm sendo construídas pelos educadores soteropolitanos, em consonância com a LDB 9394/96, com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), e do Conselho Municipal de Educação. A diretora destacou que o programa contem textos que violam a laicidade da escola pública e assumem uma perspectiva preconceituosa, com estereótipos racista, machista e sexista.
Ela contestou também a forma de aquisição do programa, através Instituto Alfa e Beto, com um custo altíssimo e sem licitação, bem como o fato de a gestão municipal não ter realizado uma previa consulta aos professores e coordenadores pedagógicos para avaliarem se o Programa correspondia ou não às necessidades dos alunos da rede.
A dirigente da APLB apontou ainda que o Programa Alfa e Beto contraria o PPP e o Pacto Pela Educação adotado nas escolas desde o ano passado sem nenhum custo para a SMED; além de trazer uma grade curricular tradicionalista que apresenta limitações no fazer pedagógico, transformando o professor num mero executor de atividades previamente estabelecidas, sem oferecer a este profissional o direito de escolhas que possam suprir as necessidades de aprendizagem dos alunos, não respeitando a identidade, criatividade e criticidade dos educandos.
A professora Jacilene criticou também a falta de condições de trabalho na rede, defendendo como prioridade a convocação dos professores, coordenadores pedagógicos e merendeiras concursados, bem como a oferta de infra-estrutura para o bom funcionamento das escolas.

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