APLB DENUNCIA ASSÉDIO CONTRA COORDENADORA INDÍGENA

APLB DENUNCIA ASSÉDIO CONTRA COORDENADORA INDÍGENA

 

A APPI/APLB denuncia o caso de Taiana Silva Santos, que relatou ser vítima de assédio moral e perseguição para não assumir função conquistada em concurso público.

Neta de indígena Tupinambá, da região dos Caboclos, no Maruim, região sul do estado, pedagoga e historiadora, Taiana tem laços familiares afetivos e profissionais com a Escola Estadual Indígena Tupinambá de Olivença (CEITO) desde 2012, quando chegou na condição de estagiária do curso universitário de Pedagogia. A partir de 2018 conseguiu ser promovida pela instituição de ensino, após ter sido aprovada pelo REDA – Regime Especial de Direito Administrativo. Durante este tempo, Taiana teve uma relação pacífica com os gestores da escola o que veio a terminar em 2022, quando, através de um concurso público estadual, a professora conseguiu ser a primeira colocada para exercer a função de coordenadora escolar do CEITO.

A primeira sensação de rejeição ocorreu logo no ato de posse. Ela foi impedida de assumir a função. A alegação dos diretores da escola, segundo ela, foi de que haveria restrições por parte da comunidade à sua nova atividade profissional. “Isso não é verdade.
Sempre tive uma boa relação com eles. Tanto que, ao ter que apresentar uma Declaração de Pertencimento, documento que me reconhece como indígena, para a realização do concurso, foram os próprios caciques que assinaram o documento pra mim. Como então não me queriam lá?”, questiona hoje. Para a coordenadora, há apenas um motivo para a rejeição por parte da diretoria da escola: não é interessante para eles ter concursado lá.

Taiana assegura que também está impedida de ‘registrar o ponto” e, por conta disso, ainda não.conseguiu receber salários desde que tomou posse.

Para reivindicar na justiça o direito aos proventos todos os dias grava vídeos da sua presença na porta da escola, que fica localizada na região interiorana de Sapucaeira, zona sul de llhéus, um local de difícil acesso. Taiana acusa a direção da escola de assédio moral e a APPI/APLB cobra do NRE e do governo da Bahia providências que garantam o direito da professora trabalhar na sua verdadeira função.

Por nenhum direito a menos!

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