GOVERNADOR, ATUALIZE O NOSSO SALÁRIO!
Inegavelmente o servidor público da Bahia passa por uma situação muito difícil. Apesar de os salários estarem em dia, a situação desses servidores públicos é de extrema dificuldade, devido ao aviltamento progressivo dos salários. Para que se tenha uma ideia, 70% dos funcionários da educação está ganhando abaixo do mínimo! Quando estas coisas acontecem há um desânimo generalizado dos servidos públicos.
Nós, da Educação, precisamos indagar ao governador onde está o dinheiro do FUNDEB, que ajuda a pagar os salários dos professores e funcionários da Educação, e quanto foi que o governo do Estado recebeu do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação.
Falando sobre os funcionários da Educação efetivos, principalmente aqueles que trabalham em escolas, só restam em todo Estado menos de 1500. Desses, 80% está para se aposentar. Sem concurso publico há mais de 35 anos, podemos dizer que em pouco tempo a figura dos funcionários da educação efetivos estará extinta.
Nas redes municipais, apesar do processo de terceirização ser mais lento, temos ainda muitos funcionários efetivos e jovens, o que nos garante um futuro de luta auspicioso, para este segmento historicamente submetido à lógica da inferioridade, e que hoje se sente mais valorizado com o surgimento do Profuncionário, que lhe dá ampla possibilidade de ter um salário melhor, a partir da conclusão do curso.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) definiu em seu último Congresso por uma greve geral da Educação, a partir do dia 15 de março de 2017. É preciso que os funcionários entendam que a greve é também para porteiros, merendeiras e todos os funcionários da educação. Nesses dias de greve a escola deve estar fechada.
Esta greve é contra a reforma da previdência, proposta pelo governo fascista de Temer e todos os seus seguidores canalhas, que querem que você contribua 49 anos e tenha 65 anos, no mínimo, para se aposentar! Se isto acontecer, jamais alcançaremos a tão sonhada aposentadoria. Para que isto não aconteça, todos têm que participar desta greve. Portanto, vai ser preciso que os funcionários cruzem os braços e não vão à escola.
NIVALDINO FELIX
DIRETOR DE IMPRENSA E
COORDENADOR DO DEFE-BAHIA