A confusão dos lados – Elza Melo
Por Elza Melo*
“Enquanto existem as classes, a luta destas é inevitável” (Lênin).
Vamos falar sério! Às vezes a gente se depara com alguns discursos acerca da atuação do sindicato, da condução do movimento por parte da direção, um tanto quanto enviesados, que apontam para a necessidade de uma reflexão cuidadosa. Precisamos, antes de tudo, aprofundar o entendimento sobre o real significado do sindicato e que papel ele desempenha na sociedade.
Mas, o que é e para que existe o sindicato? O sindicato é uma organização político-social, criado para se tornar um instrumento de luta dos trabalhadores, exatamente pela necessidade de se organizarem para enfrentar as violações dos seus direitos por parte dos patrões, contra a exploração capitalista. Ou seja, é uma associação permanente de trabalhadores com o desafio e a função de unificar os trabalhadores e trabalhadoras na defesa dos seus direitos, buscando a melhoria de vida e de trabalho, por salários dignos, pelos direitos humanos, pela democracia, pela igualdade, pela paz, por justiça, por dignidade.
As grandes conquistas sociais obtidas pelos trabalhadores ao longo dos anos, como a redução da jornada de trabalho, férias, descanso semanal remunerado, 13º salário, aposentadoria e outros benefícios foram obtidas graças à ação dos sindicatos, o legitimo interlocutor da categoria.
A luta do movimento sindical, empreendida em consonância com o movimento social do povo brasileiro, tem como focos o aperfeiçoamento da democracia, a efetiva participação do cidadão na condução dos destinos da nação, e o fortalecimento do Estado Democrático de Direito visando assegurar a liberdade, a igualdade, a justiça e o exercício de direitos sociais e individuais.
“A DIVISÃO DOS TRABALHADORES SÓ INTERESSA AOS PATRÕES”
Todo sindicato deve ter como princípio a democracia, que se sustenta na participação efetiva dos trabalhadores no dia-a-dia da construção da sua história, na definição das suas reivindicações, na mobilização, nas decisões em assembleias, nas reuniões, nos debates e no respeito às decisões da maioria. E a APLB tem primado por isso. Contra fatos não há argumentos! Então vejamos:
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A APLB-Sindicato planeja as ações, prepara sua estrutura para enfrentar os governos, seja da rede estadual ou das redes municipais, em especial do município do Salvador. A APLB-Sindicato dialoga, negocia, é ouvido e respeitado porque tem uma direção experiente e tem ao seu lado uma categoria aguerrida. Portanto, é um sindicato forte e organizado!
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A APLB-Sindicato respeita as decisões que são tomadas em seus fóruns, através de reuniões de representantes de escola, assembleias, conselho geral da diretoria onde reúne as representações de todo o estado da Bahia, que visam contribuir para o fortalecimento da categoria. Portanto, sua ação é democrática!
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Trabalha insistentemente para manter a unidade, a transparência e a democracia. Esses são os princípios de um sindicato de luta!
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A APLB-Sindicato vincula a luta econômica à luta política. Elas precisam estar juntas! As bandeiras gerais dos trabalhadores e do povo precisam ser abraçadas e defendidas pelos profissionais da educação. Portanto, a APLB é classista porque eleva a consciência política de sua base!
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A APLB-Sindicato é plural porque tem nas suas fileiras companheiros/as de todos os partidos políticos e os que não têm partido nenhum; os que professam todas as religiões e crenças e os que não têm religião nenhuma. É, portanto, um sindicato laico, pois respeita e garante ao seu filiado a liberdade de pensar e adotar qualquer convicção;