Porto Seguro: prisões e apreensões no caso do assassinato de professores
A Polícia Civil da Bahia deflagrou na madrugada desta quinta-feira, 28 de janeiro, em Porto Seguro, a 709 km de Salvador, uma operação para cumprir mandados de prisão e busca e apreensão relacionados ao assassinato dos professores sindicalistas da APLB, Álvaro Henrique Santos, 28, e Elsiney Pereira dos Santos, 32. O atentado ocorreu em 17 de setembro de 2008.
Como o inquérito corre em segredo de justiça, o delegado responsável pelas investigações, Evy Paternostro, coordenador da 23ª (Corpin) Coordenadoria de Polícia do Interior, sediada em Eunápolis, declarou que não poderia falar sobre o assunto. Ele disse apenas que “o cerco está se fechando”.
Uma fonte ligada às investigações disse que a operação durou das 2h às 6h, porém não relevou quem, nem quantas pessoas foram presas, bem como onde os mandados de busca e apreensão foram executados. A fonte da polícia assegurou que todos os mandados foram cumpridos.
O crime – Álvaro e Elsiney, respectivamente presidente e secretário da APLB, foram mortos em uma emboscada. Eles tinham assumido a gestão da APLB no ano passado e vinham denunciando supostas irregularidades da gestão anterior. Eles cobravam também da prefeitura mais investimentos em educação e dias antes de serem mortos estavam em negociação com a administração municipal.
O assassinato dos sindicalistas comoveu a região. Outro crime que teria ligação com o caso é o assassinato de Antônio Marcos Carvalho dos Santos, 21, ocorrido em 6 de dezembro de 2009, na porta de um bar, em Porto Seguro. Ele foi morto com seis tiros porque, segundo fontes da polícia, “sabia demais”.
Antônio Marcos era motorista do secretário de Comunicação de Governo de Porto Seguro, Edésio Lima, que foi intimado no dia 6 deste mês a depor sobre o assunto. “Esperamos agora que a polícia encontre os verdadeiros responsáveis, tranquilizando a população e colocando os culpados atrás das grades”, disse o secretário, segundo nota divulgada à imprensa pela Assessoria de Comunicação de Porto Seguro, um dia depois do depoimento.
Fonte: A Tarde online
