Santo Estêvão: suspensa a greve
Depois de 13 dias de greve, os professores e outros servidores da rede municipal de Santo Estevão decidiram – em assembleia na quarta-feira, 22 de julho – suspender temporariamente o movimento grevista. A suspensão total do movimento dependerá do cumprimento de acordos firmados entre a APLB e o governo municipal em reunião ocorrida na terça-feira, dia 21.
Pontos discutidos e acordados:
Plano de carreira para os demais servidores em educação;
Liberação de 10 ou mais enquadramentos;
Liberação de licenças prêmio;
O não desconto dos dias parados;
Realinhamento do piso salarial do professor nível I 40 horas ao salário mínimo;
Firmado para setembro discussão de percentual de reajuste salarial, após fechamento do segundo quadrimestre.
APLB SINDICATO DELEGACIA ZONAL VALE DO PARAGUAÇU
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Notícias do dia 20 de julho de 2009
Nesta segunda-feira, dia 20/07/2009, os servidores em educação da rede municipal de Santo Estevão realizaram mais uma assembleia e decidiram entrar na Prefeitura e só sair do local depois que fossem atendidos pelo prefeito.
Depois de atendidos ficou agendada uma audiência entre o prefeito, a diretoria da APLB-Sindicato e uma comissão de servidores para esta terça-feira, 21/07, às 14 horas para discutir a pauta de reivindicação.
Nesta quarta-feira, 22, às 8 horas,os servidores realizarão uma assembleia para decidir se mantem a greve ou não.
DIREÇÃO DA APLB-SINDICATO-ZONAL VALE DO PARAGUAÇU.
Jornal A TARDE – 11 de julho de 2009
Categoria está em greve por tempo indeterminado, à espera do atendimento de reivindicações salariais
ALEAN RODRIGUES SUCURSAL FEIRA DE SANTANA
alean@grupoatarde.com.br
Em greve por tempo indeterminado, os cerca de 400 professores da rede municipal de Santo Estêvão (a 160 km de Salvador) realizaram na manhã de ontem (sexta-feira, 10 de julho) uma manifestação, seguida de um enterro simbólico da educação na cidade, com o intuito de obter uma resposta do governo municipal para a proposta de reajuste solicitada pela categoria, que é de 12%.
Com um caixão feito de papelão e vestidos de preto, os manifestantes entraram no prédio da prefeitura e da Secretaria da Educação, onde leram uma nota fúnebre.
“Hoje estamos enterrando a educação do município, já que até agora o governo municipal só diz que não tem condições, mas sequer apresenta uma contraproposta para a categoria, que vem sofrendo com a política praticada no município”, ressaltou o diretor da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia) em Santo Estêvão, Cristiano Rodrigues.
Ele disse que, no primeiro semestre, houve algumas paralisações de advertência, mas as negociações não avançaram, e a categoria resolveu entrar em greve segunda-feira passada. Das 44 escolas existentes no município, 90% aderiram à paralisação, deixando cerca de nove mil alunos fora das salas de aula. “Desejamos uma negociação justa, mas o prefeito não demonstra querer isso. Então decidimos pela paralisação”, comentou.
O diretor observou que o prefeito alega que o reajuste solicitado é inviável, uma vez que iria atingir ou estourar o limite prudencial de gastos com pessoal, determinado pela lei de responsabilidade fiscal. Mas ele questiona o fato de o Fundeb ter aumentado de R$ 900 mil para R$ 1,5 milhão a partir de maio.
“Então para onde está indo este dinheiro? A prefeitura tem gastos altos com transporte escolar, que vem sempre aumentando, mas os professores não têm reajuste e ainda querem dizer que não devemos questionar?”, desabafa o diretor.
Cristiano Rodrigues diz que as escolas vêm enfrentando outros problemas, como a falta de funcionários (a exemplo de merendeiras, auxiliares de serviços gerais e porteiros) e a carga horária defasada em relação aos valores de salário-base. “Professores de 40 horas hoje têm salário-base de R$ 431, menos que o salário mínimo.
A receita do município passou de R$ 32 milhões para R$ 44 milhões. Então não é verdadeira a alegação de que não há condições de pagar o reajuste”.
NEGOCIAÇÕES – O prefeito do município de Santo Estêvão, Rogério Costa, do DEM, respondeu à reportagem, através de nota entregue pela assessoria de imprensa, que a paralisação dos professores pegou a todos de surpresa, uma vez que, segundo ele, o canal de negociações com a categoria está aberto, inclusive tendo uma reunião já agendada para o próximo mês, quando será discutido um reajuste viável a ser dado, levando-se em conta os limites apresentados no Relatório de Gestão Fiscal.
“No 1º quadrimestre alcançamos 53,23% da receita com o pagamento de pessoal, ultrapassando o limite prudencial determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal, que é de 51,30%.
Então, se fôssemos atender a categoria, iríamos ficar fora do que a lei determina, e isso não é o correto, embora tenhamos vontade de atender às reivindicações”, diz trecho da nota.
Embora a APLB afirme que a maioria das escolas aderiu à paralisação, a nota da prefeitura diz que poucas unidades estão fechadas, mas não informa o número exato.
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Notícia de 7 de julho de 2009
A professora Ana Claudia Leite informa que a Rede Municipal de Santo Estevão está em greve por tempo indeterminado. Na segunda-feira, 6 de julho de 2009, em assembleia geral a categoria se decidiu pela greve, após esperar sem sucesso uma resposta do Executivo municipal sobre uma contraproposta de reajuste salarial.
Nesta terça-feira, 7 de julho, os professores realizam um grande ato público nas ruas de Santo Estevão.
Estamos aguardando mais informações.