Violência nas escolas é destaque na nova revista da CNTE

Com a idéia de aprofundar o debate sobre temas importantes e homenagear os trabalhadores em educação por ocasião do Dia do Professor – comemorado nesta segunda (15) – a Escola de Formação (Esforce) da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) lançou nesta terça-feira (16), em Brasília, a revista Retratos da Escola. De circulação semestral, a publicação desta edição tem como tema principal a violência nas escolas e o Plano de Desenvolvimento na Educação (PDE).
A presidente da CNTE, Juçara Dutra Vieira, diz que a revista, por ser semestral, é fruto de muitas reflexões e, por isso, mais elaborada. “Nós procuramos, através dos temas debatidos, subsidiar os trabalhos que fazemos na escola. Uma revista semestral pode aprofundar os temas em debate, que nós, muita vezes, abordamos com muita rapidez para chegar aos trabalhadores em educação.”

 

Sobre a violência, a presidente diz que “ela não é produzida na escola, mas a escola sofre os seus impactos”. Já sobre o PDE, a dirigente afirma: “Nós achamos que precisamos continuar a discussão para que o governo, ao ouvir as demandas do movimento social, possa também aperfeiçoar o orçamento.”

 

A vice-presidente da Confederação, Raquel Guisoni, diz que o lançamento da revista é muito importante, principalmente porque ela visa atingir a grande amplitude que tem a Confederação. “É um instrumento importante no sentido de garantir o acesso aos conteúdos, não só educacionais, sindicais, mas políticos, no qual o movimento sindical tem necessidade de estar desenvolvendo esse papel”.

 

Educação na pauta nacional

 

Juçara acha que nunca se debateu tanto sobre educação como neste momento. “Agora nós temos um momento diferente da história”. Essa mudança, segundo a dirigente da CNTE, é ocasionada pelo debate da educação junto com o financiamento. “Por isso a CNTE considera que é um momento privilegiado”, afirmou.

 

A presidente da CNTE é enfática ao falar que a educação deve ser discutida como uma verdadeira prioridade. “Devemos discutir educação com base nesse financiamento, com investimentos dos três entes federados, não apenas da união, mas dos estados e municípios”. Além disso, a dirigente diz que uma condição importante é rever a questão da União também estar presente no financiamento da educação básica.

 

Revista, uma panorama

 

Ao propor questões fundamentais para serem debatidas nesse novo momento de conquistas dos movimentos sociais, o presidente nacional da Ubes (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), Thiago Franco, compreende que a revista contribuirá com o movimento sindical dos trabalhadores da educação. Thiago disse que essa é apenas uma resposta do grande papel que a CNTE tem a cumprir na elaboração do movimento sindical.

 

A revista apresenta um panorama da condição dos educadores e profissionais em educação no Brasil. Aborda, também, temas como a qualidade do ensino público, a valorização profissional, as desigualdades regionais, a escola cidadã, a violência em sala de aula, a educação indígena e o trabalho infantil.

De Brasília
Alberto Marques

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