“Retomada das aulas antes da vacina é “genocídio””, diz coordenador geral da APLB

Em entrevista nesta terça-feira (21) ao portal “Muita Informação”, o coordenador-geral da APLB-Sindicato, Rui Oliveira, classificou como genocídio a possível retomada das aulas nas redes municipal e estadual na Bahia. Ele assegurou que a APLB é contra a volta das atividades presenciais antes da vacina para a Covid-19 e disse que o sindicato vai entrar com ação, caso o Governo do Estado e as Prefeituras liberem as aulas. Também propôs a união dos anos letivos de 2020 e 2021.

“Vocês estão vendo que o Carnaval será transferido na Bahia, São Paulo e Rio de Janeiro. Não teremos festa de réveillon. Tudo isso para evitar aglomeração. Então, liberar as aulas para os alunos das redes municipal e estadual é levar para o genocídio, onde teremos muita gente morta. Vamos agir com ação civil e criminal contra os poderes municipal e estadual se as aulas forem liberadas sem a garantia de que não seremos contaminados. Nossa prioridade é salvar vidas. Vidas importam e vamos manter esse lema, porque o ano letivo pode voltar, a vida não”, disse.

Anos letivos

Rui foi taxativo ao dizer que não há possibilidade da retomada das aulas sem a vacina contra a Covid-19 e que está aberto à negociação para unir os anos letivos de 2020 e 2021.

“Nós não temos garantia de que temos condições de retomar as aulas presenciais enquanto não tiver uma vacina. Na China, por exemplo, voltou a ter aulas normais, tiveram que fechar as escolas novamente e vão reavaliar em setembro, por conta da nova onda da Covid-19”, pontuou.

“Podemos discutir emendar o ano letivo de 2020 com 2021. Isso é possível e temos que ter ações articuladas nos planos municipal e estadual, com todas as secretarias e com todos os envolvidos com a comunidade escolar”, finalizou.