O protagonismo de uma entidade de 61 anos

O protagonismo de uma entidade de 61 anos

 MP V
Durante o almoço, no segundo dia do congresso, os 800 congressistas espaireceram com a voz e o violão de Jubiraci Bastos. Em seguida todos foram participar dos debates da Mesa 4 (Reformulação do Estatuto da APLB-Sindicato: o protagonismo da APLB na luta em defesa de uma educação pública, laica e de qualidade e a organização dos seus trabalhadores). A professora da Uneb – e educadora estadual aposentada – Josenita Costa foi a palestrante.
Josenita ressaltou os seus tempos de diretora da APLB-Sindicato, no período que ficou conhecido como “os anos de chumbo” em referência à radicalização da ditadura militar instaurada no Brasil em 1964. Josenita lembrou à plateia que nos anos 80 era muito difícil levar a mensagem do sindicato aos municípios, uma vez que os prefeitos eram – em sua maioria – próceres dos militares.
Ela também criticou os governos de esquerda que, em sua opinião, pensaram que deveriam governar sem que os movimentos sociais se manifestassem, mas ponderou que é melhor essa opção do que a direita.

MP IV

Interior quer mais espaço
Professoras e professores do interior se manifestaram, sempre em defesa de uma maior participação de núcleos e delegacias interioranas nas decisões do sindicato. Justificam com o argumento de que sindicatos municipais criados só por interesse no imposto sindical podem ocupar espaço que a APLB não percebe como importante. O professor Daniel Pinheiro, de Santa Maria da Vitória, ressaltou que a reforma do estatuto pode significar uma positiva oxigenação no sindicato.
Falou-se da greve em Formosa do Rio Preto, iniciada em 14 de outubro. Ubiratan Reis chamou a atenção pra o problema da carga horária e a necessidade da APLB entrar com mais força nessa luta.
Representante
O professor José Lourenço Dias enfatizou que é importante ter um representante da categoria em uma casa legislativa. De pronto, indicou o professor Rui Oliveira como o “mais preparado para nos representar”. Em sua opinião, estar presente nos 417 municípios baianos referenda que o sindicato da categoria coloque um representante no Legislativo para uma defesa mais intensa das reivindicações dos trabalhadores em educação.
A professora Edenice Santana, e Marlede Silva de Oliveira, diretora da Regional do Sertão, falaram da importância de reformar o estatuto e destacaram a histórica greve dos 115 dias realizada pela categoria em 2012.
Marcelo Jorge de Almeida Araújo, diretor Social da APLB-Sindicato, falou da greve dos professores em Vera Cruz, da luta da professora Hercia Azevedo na liderança do movimento e da solidariedade que todos devem demonstrar. Ele destacou também a defesa da inclusão de não-docentes no plano de carreira pela APLB-Sindicato.
Por fim, Rui Oliveira explicou que até às 18 horas a comissão de organização aguardaria as propostas de emendas ao estatuto, que serão apreciadas neste sábado (último dia do congresso) e votadas na plenária final.
Fotos: Manoel Porto e Getúlio Lefundes

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