LEGISLAÇÃO ELEITORAL – Rui Oliveira de licença da APLB até outubro – Coordenador-geral da APLB busca representar a Educação na Assembleia Legislativa da Bahia

LEGISLAÇÃO ELEITORAL – Rui Oliveira de licença da APLB até outubro – Coordenador-geral da APLB busca representar a Educação na Assembleia Legislativa da Bahia

Esse momento em que um governo genocida e neoliberal, se apresenta como inimigo declarado da Educação, uma verdadeira ameaça à sociedade e à valorização dos profissionais de ensino de todo o país, a CNTE, a CTB e os partidos de esquerda sugerem atenção dos trabalhadores para escolher com inteligência quem pode combater o bom combate. Partindo desse cenário, essas entidades endossam o nome do professor Rui Oliveira para ser eleito para um mandato eletivo na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. Rui Oliveira é uma das maiores referências quando se fala em Educação e sindicalismo. Reconhecido pela imprensa, por políticos e por sindicalistas (independente de serem ou não aliados), como um hábil negociador e cumpridor dos acordos, Rui Oliveira tem o respeito de todos, sendo também uma das lideranças do PCdoB na Bahia. Sua trajetória de vida exemplifica a máxima de Paulo Freire “Educar para Transformar”.

“Sempre defendi uma escola pública, gratuita, laica, de qualidade. Por isso, continuarei insistindo no acompanhamento da aplicação do dinheiro público. Os governantes devem utilizar corretamente as verbas públicas, principalmente em benefício do povo. É importante destacar que a Educação é a viga mestra de uma nação!”, enfatiza o coordenador-geral da APLB-Sindicato, que deixa o cargo dia 01 de junho até 8 de outubro, cumprindo o que prevê a Legislação Eleitoral para os candidatos a mandatos públicos. Rui Oliveira será substituído interinamente pela professora Marilene Betros, atual vice-coordenadora e diretora jurídica da APLB-Sindicato, titular da Secretaria da Mulher da CTB-Bahia, e integrante da Secretaria Executiva Adjunta da CNTE.

Biografia de um vencedor

Rui Oliveira é um professor que, a exemplo de outros, veio de uma família pobre e tornou-se um vencedor. Criado no bairro da Saúde, em Salvador, negro, de origem humilde, ele e seus irmãos, com muita luta, conseguiram se graduar. Mais adiante, fez outra graduação, uma especialização, e formou-se Mestre em Química Analítica Ambiental. Muitos anos na condição de professor e de atuante dirigente sindical o levaram a conhecer toda a Bahia e perceber as necessidades dos estudantes e dos trabalhadores em educação. “Nasci numa família pobre, convivi com meus oito irmãos no bairro da Saúde, fui educado de forma correta, com muito amor e dedicação por meus pais. Comecei a trabalhar desde criança para ajudar a família. Meu primeiro emprego formal
foi quando eu tinha 14 anos, como mensageiro (officeboy) da Secretaria Estadual de Educação, lembro-me disso com muito orgulho. Consegui no percurso das escolas públicas, bolsa de estudos para estudar Francês, na Casa da França; Inglês, na Associação Cultural Brasil Estados Unidos (ACBEU), na Vitória; e Alemão, no Instituto Cultural Brasil-Alemanha (ICBA)”, afirma.

Aos 19 anos idade, Rui Oliveira era professor de Química do Colégio Central, em Salvador. Participava das assembleias da APLB quando o Sindicato ainda era associação e tinha menos de mil filiados. Hoje, com 80 mil fi liados, a APLB é o maior Sindicato de educadores do país. Rui se orgulha de ter trabalhado arduamente pela ampliação do Sindicato no interior da Bahia. “Ocupei
diversas funções na APLB-Sindicato, sou secretário Sindical da CNTE; conselheiro Estadual da Alimentação; conselheiro Estadual do Fundeb; coordenador do Plano Estadual de Educação; conselheiro Federal da Fundeb; conselheiro Estadual de Educação; consultor de Educação e Meio Ambiente, além de ter representado o Brasil na área da Educação em alguns países como a Índia, Grécia, Nicarágua, Canadá, Argentina e outros”, informa Rui Oliveira. Ele afirma que persiste na luta e no desejo de que a escola deixe de ser uma instituição que aprofunda as desigualdades sociais, para que possa oferecer para aos filhos do povo, dos trabalhadores, uma Educação de qualidade, transformadora.

Em 1993, Rui foi processado por ACM por ter declarado que somente um professor que nunca deu aula poderia ter tanto descaso com a educação. Na ocasião, Rui perdeu metade do seu salário de professor estadual. Recorreu e ganhou em todas as instâncias. “Por tudo isso lute, estude, não importa os sacrifícios, pois, mais adiante, nós vamos valorizar os sacrifícios, quando realizarmos os nossos sonhos”, aconselha o professor Rui Oliveira.

 

 

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