Frente Baiana Escola sem Mordaça promoveu debate no auditório da APLB, na tarde de segunda-feira (29 de maio)

Frente Baiana Escola sem Mordaça promoveu debate no auditório da APLB, na tarde de segunda-feira (29 de maio)

A Frente Baiana Escola sem Mordaça, na qual a APLB-Sindicato tem representação, com os diretores Marcos Barreto e Elza Melo, realizou um ato político no auditório do sindicato, na tarde de segunda-feira, 29, dando continuidade ao debate sobre o Programa Escola sem Partido, que havia iniciado pela manhã, em uma polêmica audiência pública na Câmara Municipal de Salvador.

Com o tema Escola sem mordaça: por uma educação crítica e libertadora, o ato teve como palestrantes os professores Fernando Penna (UFF) e Márcia Barreiros (UNEB), que em suas falas afirmaram que a Constituição Brasileira garante o direito de liberdade de expressão a todos os cidadãos e que a liberdade de cátedra faz parte desse direito, que os defensores do Programa Escola Sem Partido querem cercear.

Também fizeram parte da mesa os professores Marcos Barreto e a professora Lana Bleicher.

De forma didática, o professor Fernando Penna desconstruiu os argumentos que fundamentam o Programa Escola Sem Partido, classificando-o como tendencioso e inconstitucional.

Citando dados oficiais, os integrantes da Frente Escola Sem Mordaça falaram sobre as questões do racismo e da violência às mulheres e à população LGBT, demonstrando a necessidade de se debater essas questões também em sala de aula, para garantir a formação de gerações que não reforcem o racismo e as culturas do estupro, do machismo e da LGBTfobia.

Tanto os integrantes da mesa como os demais educadores que participaram do debate comprovaram, através de argumentos baseados na legislação vigente e mediante fundamentação científica, que o Projeto Escola Sem Partido proíbe a liberdade didático-pedagógica e de cátedra, banaliza os problemas da educação, impede a formação cidadã, incentiva a censura, criminaliza e intimida os educadores, institucionaliza os preconceitos, potencializa a violência e inibe o desenvolvimento do conhecimento científico.

“Nós, professores, precisamos discutir em sala de aula a nocividade deste projeto. Precisamos denunciar a forma como os defensores do Escola Sem Partido querem amordaçar os professores”, conclamou a diretora Elza Melo. 

Frente Escola Sem Mordaça

Reunindo inúmeras organizações sindicais, movimentos sociais, de juventude e populares, as Frentes Estaduais Escola Sem Mordaça têm como objetivo estimular o debate crítico e a resistência organizada da sociedade aos projetos de lei “Escola Sem Partido”, que tentam impor um patrulhamento ideológico às escolas. O movimento significa mais um passo importante nesta luta.

A iniciativa de organizar nacionalmente a luta contra os projetos que reproduzem o texto do programa “Escola Sem Partido” foi impulsionada por um manifesto lançado em 2016, e seguido pelo lançamento da Frente Nacional Escola Sem Mordaça, cujas ações junto ao MEC  e ao Congresso Nacional têm sido fundamentais  contra os projetos que tentam cercear a atividade pedagógica e impor a mordaça ao ato de lecionar.

Clique na imagem e veja a reportagem da TV Bahia

 

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