EM REUNIÃO COM OS (AS) TRABALHADORES (AS) DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS APLB REAFIRMA LUTA PELA EJA

EM REUNIÃO COM OS (AS) TRABALHADORES (AS) DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS APLB REAFIRMA LUTA PELA EJA

 

A APLB-Sindicato realizou reunião com os trabalhadores/as da Educação de Jovens e Adultos de Salvador, na tarde desta quarta-feira (20/10), com o objetivo de mobilizar e fundamentar a luta do Sindicato em defesa da EJA. O coordenador-geral da APLB, professor Rui Oliveira, fez uma análise de conjuntura reafirmando a importância da Educação de Jovens e Adultos como uma ação afirmativa para a população, refletiu sobre o aprofundamento da precarização da Educação em tempos de pandemia e a necessidade de resistência da classe trabalhadora, que inclui a luta pela EJA. Marilene Betros, vice-coordenadora da APLB Sindicato, pontuou algumas das ações realizadas, a exemplo da campanha “Eu Defendo a EJA!” lançada ano passado pela APLB e que continua valendo. Os/as demais diretores/as, Marcos Barreto, Arielma Galvão e Rose Assis, construíram junto com os trabalhadores/as da Educação de Jovens e Adultos de Salvador, um breve diagnóstico sinalizando os principais desafios da EJA na atual conjuntura.

O IBGE, através da PNADC – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (2019) aponta que a Bahia tem mais de 1,5 milhão de analfabetos, e o estudo revela que, do total, 61.351 são de Salvador, capital do estado. A EJA precisa ser tratada como direito e com o devido investimento para fortalecer essa modalidade, necessária aos nossos alunos/as, ao nosso povo. Foi sinalizado na reunião que muitas vezes a ação que chega nas escolas é o fechamento de turmas e de escolas de EJA.

 

A Educação de Jovens e Adultos está na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, 9394/96, como modalidade de ensino. Tem o objetivo de reparar o direito de todo cidadão e toda cidadã de concluir seus estudos, de ter acesso a uma educação de qualidade. Infelizmente não estamos vendo esse direito se materializar de forma integral, sendo a EJA ainda mais atacada em tempos de pandemia. Dentre os instrumentos legais, é preciso atentar e cobrar ações efetivas para a EJA a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, do Plano Nacional de Educação, Lei 13.005/2014, e do Plano Municipal de Educação, Lei Nº 9105/2016, que falam em expansão e garantia da EJA.

Dentre os pontos levantados pelos/as trabalhadores/as da EJA, estão: formação permanente e em serviço sobre a EJA; Material didático atento às especificidades da EJA; Chamada Pública, com ênfase na busca ativa; Revitalização da Comissão para acompanhamento da EJA; Discussão sobre a atuação do/a Professora/or Segundo/a Regente na EJA; Aprovação automática sem respeitar os tempos da EJA; Necessidade de garantir as turmas do TAP I, sem formação de EJAMULTI, lembrando que a EJA é uma modalidade e precisa ter respeitada às especificidades; cumprir o Plano Nacional e Municipal de Educação, dentre outras questões registradas pela APLB Sindicato.

Como informe foi abordada a articulação para uma audiência pública sobre a EJA, em novembro, com a Ouvidoria da Câmara Municipal de Salvador. Além da inclusão da EJA na pauta do ato do dia 28/10, na frente da SMED. A APLB Sindicato continua na luta pela EJA, pela Educação de qualidade e pela Vida!!! A EJA É UM DIREITO!

“A pessoa conscientizada tem uma compreensão diferente da história e de seu papel nela.

Recusa acomodar-se, mobiliza-se, organiza-se para mudar o mundo.”

(Paulo Freire).·.

 

FORA BOLSONARO!

NÃO ÀS PECs 23 e 32!

NENHUM DIREITO A MENOS!

Rui Oliveira

Coordenador-geral da APLB-Sindicato

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