APLB presente na plenária e ato unificado realizado na UFBA, nesta segunda(6), em defesa das universidades
ASSUFBA, APUB e DCE realizaram Plenária e Ato Unificado em defesa da UFBA, na manhã desta segunda-feira, 6. APLB-Sindicato, presente!
A Plenária foi realizada na Faculdade Educação, no Vale do Canela, a partir das 9h desta segunda, e teve a participação de representantes da APLB, a presença de muitos deputados e do mundo acadêmico, além do movimento social. O ato culminou com uma grande passeata.
O objetivo da atividade foi fazer a defesa da Universidade Federal da Bahia e demais instituições da educação pública brasileira, que têm sofrido duros ataques do governo federal.
O ato foi marcado logo após a declaração absurda e infundada do Ministro da Educação de Bolsonaro, Abraham Weintrab, de que a UFBA, UnB e UFF tiveram 30% dos recursos bloqueados por não apresentarem desempenho acadêmico esperado e estarem promovendo “balbúrdia”. Agora mais três instituições federais de ensino superior na Bahia foram atingidas pelos ataques do governo Bolsonaro. O MEC (Ministério da Educação) bloqueou aproximadamente R$ 40 milhões do orçamento da UFRB, UFOB e UFSB.
Cortes
Na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia), o contingenciamento foi de 38% ou cerca de R$ 12 milhões. Já na UFOB (Universidade Federal do Oeste da Bahia), o corte chegou a 33,2%, o equivalente a R$ 11,8 milhões e na UFRB (Universidade Federal do Recôncavo), a redução foi de 32% ou R$ 16,3 milhões.
Segundo o reitor da UFRB, “os bloqueios inviabilizam o funcionamento de vários serviços da universidade, além de impactar diretamente no pagamento das contas de água, luz, telefone, limpeza e vigilância, por exemplo”.
Na UFOB, o contingenciamento atingiu recursos orçamentários para custeio e investimento. As ações mais afetadas foram a capacitação de servidores; fomento às atividades de graduação, pós-graduação, ensino, pesquisa e extensão; e recursos de investimento utilizados para aquisição de livros, equipamentos e realização de obras.
Na UFBA, o bloqueio corresponde a 30% da rubrica de funcionamento, dentro da verba de custeio – destinada ao pagamento de despesas ordinárias, como consumo de água, energia e telefone, manutenção de espaços e equipamentos e pagamento de pessoal terceirizado, entre outras.
A justificativa do ministro mostra total desconhecimento da realidade. Acusada de “balbúrdia”, a UFBA é 10ª universidade brasileira no ranking The Higher Education, que avalia 1.250 universidades de 36 países. Vale lembrar que apenas 15 brasileiras estão entre as 1.000 melhores do mundo, e 36 entre as 1.100.
Com estes ataques, fica clara a intenção do Governo Bolsonaro de censurar a liberdade de manifestação e a diversidade, peculiares nas universidades. A realidade é que Bolsonaro teme uma educação livre e crítica, por isso quer punir a resistência democrática nas universidades, e, ao mesmo tempo, sucatear as instituições e abrir espaço para a privatização.