PORQUE A MEDIDA PROVISÓRIA QUE REFORMA O ENSINO MÉDIO PREJUDICA TODA A NAÇÃO – Por Marcos Barreto
Se não bastasse o impeachment de uma presidenta eleita por mais de 54 milhões de votos legítimos ser deposta por 61 senadores que em algumas falas admitem que foi golpe!
Se não bastasse o PMDB emplacar o terceiro presidente da república sem voto!
Se não bastasse a entrega do “Pré-Sal” e da PETROBRAS ao capital internacional!
Se não bastasse Eduardo Cunha ainda estar solto!
Se não bastasse Geddel defender o “caixa dois”!
Se não bastasse denunciarem um cidadão afirmando na própria denúncia (pasmem!) que não existem provas! No caso, o melhor presidente que os brasileiros já tiveram!
Se não bastasse a flexibilização das relações trabalhistas que irá impor ao trabalhador o constrangimento de ser obrigado, para poder trabalhar, a aceitar os termos que os patrões estabelecerem!
Se não bastasse a aposentadoria com 65 anos para homens e mulheres com expectativa de vida de 72 anos!
Se não bastasse a intenção declarada de extinguir o SUS para agradar aos planos de saúde!
Se não bastasse a extinção do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos para lembrar ao povo brasileiro como este governo pretende tratá-los!
Se não bastasse o MEC ter a “assessoria” de Alexandre Frota (?) querendo impor a mordaça aos educadores com o Projeto Escola Sem Partido!
Se não bastasse o prefeito de Salvador apoiar Temer, logo as medidas por ele realizadas!
Se não bastasse o prefeito de Salvador reformar praças em detrimento de outras necessidades dos munícipes… Será que nelas existe atendimento para a saúde?
Se não bastasse o prefeito de Salvador promover festas megalomaníacas… Mas, será que estas festas promovem a educação e a formação para o mercado de trabalho para os ambulantes e os catadores de latinhas e outros situados na economia informal? A população menos favorecida dificilmente obterá ascensão econômica e social com este tipo de gestão…
Agora vem, em novo capítulo, uma medida provisória para transformar o Brasil numa república provinciana, naturalmente, disfarçada como “reformas no Ensino Médio”.
Para resumir em dois pontos:
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Serão “extintas”, quero dizer, tornar-se-ão não obrigatórias, as disciplinas de História, Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física!
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Será permitido que professores sem formação possam ensinar sob o pretexto de possuírem “saber notório”.
Perguntas:
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Quem vai definir o que é saber notório?
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Você confiaria na realização de uma cirurgia ou construção de um edifício a um profissional que possuísse apenas “saber notório”? Então, por que confiar a educação de seu filho a alguém sem formação? O que está por trás disto?