Terceirização, um mal para a Educação
A falta de funcionário nas escolas tem criado um verdadeiro caos no sistema educacional na Bahia. É uma demonstração da importância que o segmento tem para o funcionamento da escola, no sentido de consolidar uma educação de qualidade.
Isto mostra também que a terceirização dos serviços na área pública nunca vai ser uma solução, em função da esperteza e mau-caratismo dessas empresas, e a cumplicidade do próprio governo com esta situação, que ao invés de promover o concurso público opta por esta forma nefasta de contratação.
As mobilizações que ora ocorrem, tanto de estudantes como por parte da APLB, além dos próprios trabalhadores dessas empresas terceirizadas ligadas à educação, tem de certa forma pressionado o governo no sentido de resolver o problema na Bahia. O problema atinge de forma contundente os alunos que carecem de aulas para concluir a sua formação.
Entendo que as manifestações dos estudantes, e da APLB, devem continuar, já que nossa bandeira que está erguida há muito pela luta por concurso público. Há 40 anos não se faz concurso público para este segmento na Bahia.
Precisamos mostrar ao governo estadual da Bahia que terceirizar onera mais os cofres públicos do que contratar funcionário através de concurso público. O atual secretário não fala abertamente, mas culpa o ex-secretário Osvaldo Barreto pela forma desastrosa na qual foram firmados contratos com as empresas de terceirização em consequência das irregularidades encontradas nos contratos de prestação de serviço.
Acho que enquanto não regularizar esta situação as escolas devem continuar fechadas. Sabemos que os pais quando aprontam uma criança para ir à escola tem um custo, para isso a situação deve estar resolvida para os alunos retornarem à sala de aula e as aulas voltarem à sua normalidade.
Nivaldino Felix
Diretor de Imprensa da APLB-Sindicato