11º Congresso Estadual: Unanimidade na exigência pelo pagamento do Piso Nacional

11º Congresso Estadual: Unanimidade na exigência pelo pagamento do Piso Nacional

Congresso - 25-10-13 - GL (2)

O segundo dia do 11º Congresso Estadual da APLB-Sindicato começou e terminou com música. Pela manhã, a artista Célia França mostrou seu talento aos trabalhadores em educação, revigorando o ânimo de todos para as atividades da sexta. Em seguida, com a fusão de duas mesas de debates, começaram as palestras e intervenções dos participantes do evento. À noite, festa de confraternização. Nas discussões do dia, uma unanimidade: a exigência de pagamento do Piso Nacional a todos os professores do Estado da Bahia.
Os debates realizados pela mesa 2 (Conjuntura Educacional, Legislação e Políticas da Educação: desafios e perspectivas), com coordenação do professor Rui Oliveira, e pela mesa 3 (Plano Nacional de Educação, desafios para a qualidade: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho), coordenada pela professora Olívia Maria dos Santos Mendes, atraíram a atenção da plateia que lotou o centro de convenções do Gran Hotel Stella Maris.
Tendo como palestrantes a deputada federal Alice Portugal (PCdoB); a professora da Universidade Católica de Pernambuco, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da capital pernambucana e secretária de Saúde do Trabalhador da CNTE, Maria Antonieta Trindade; e a diretora geral do Instituto Anísio Teixeira (IAT), Irene Cazorla, os temas motivaram debates e dezenas de inscrições de pessoas interessadas em contribuir com as discussões.
Por iniciativa da comissão organizadora as palestrantes foram homenageadas com troféus representando figuras da cultura nordestina. Os troféus foram entregues por Edilene e Eliene, do departamento de organização, e Fátima, da secretaria da APLB-Sindicato

MP III

“Síntese da plenária”
A deputada Alice Portugal, que falou sobre a precarização das escolas, a história de luta dos professores, a má gestão da coisa pública, com desvios do Fundef por gestores, entre outras mazelas, destacou sua participação na Câmara de Deputados com projetos e contribuições a outras propostas que visam qualificar a educação. Ela reconheceu em Maria Antonia, professora do município de Teixeira de Freitas, “a síntese dessa plenária”.
Maria Antônia enfatizara que a categoria tem que lutar, sim, por melhores salários e que essa luta é tão importante quanto lutar por melhores condições de trabalho e por uma educação digna para a comunidade, estudantes e professores. “Temos que ganhar melhor mesmo, para melhorar nossa alimentação, para nos prepararmos mais intelectual e psicologicamente. Tenho 42 anos em salas de aula e 63 anos de vida”, disse orgulhosamente a professora Maria Antônia.
Alice falou ainda que os governos federal e estadual cometem erros (“o governador Jaques Wagner reconhece que falhou ao não dialogar com o sindicato na greve dos 115 dias”, disse), mas que ambos representam um avanço na histórica política do Brasil e da Bahia. “Não quero o carlismo de volta, nem Fernando Henrique Cardoso, nem Aécio”, enfatizou a deputada.
Maria Antonieta comentou a conjuntura nacional, fazendo coro aos que defendem maior participação dos movimentos sociais. A diretora do IAT, Irene Cazorla falou da Plataforma Freire, da formação de professores e da atuação do Fórum Permanente Estadual de Apoio e Formação Docente (FORPROF-BA).

Congresso - 25-10-13 - GL (13) reduzida Congresso - 25-10-13 - GL (16)

A luta pelo Piso
Unanimidade entre os participantes, a exigência de cumprimento do Piso Nacional para todos os professores. José Lourenço Dias, diretor da APLB-Sindicato, denunciou que a maioria dos prefeitos da Bahia não cumpre a lei do Piso. “O pior é que não punição”, frisou.
Ruth de Almeida Menezes, diretora da Delegacia Sindical da Região Cacaueira, ratificou as palavras de Lourenço Dias. Clarismundo Pedro e Silva, de Itabuna, também falou sobre o assunto. O mesmo ocorrendo com o professor Hércules Azevedo.
O professor Ubiratan Reis, de Irará, falou sobre a corrupção e licitações viciadas nas concorrências para reforma de escolas. Pediu também que o sindicato utilizasse a lei do Piso como bandeira. Mesmo caminho seguiu a professora Edenice Santana.
A comitiva de Teixeira de Freitas foi ao delírio com os discursos das professoras Mariane e Maria Antônia, aplaudidas também por todo o plenário. A deputada estadual Kelly Magalhães (PCdoB) prestigiou o evento, comparecendo ao final dos debates.
Fotos: Manoel Porto e Getúlio Lefundes

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