VOLTA ÀS AULAS SÓ DEVE OCORRER APÓS IMUNIZAÇÃO DOS TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO
COMUNICADO
A APLB-SINDICATO, legítima representante dos Trabalhadores da Educação Pública na Bahia, vem a público reafirmar sua luta por direitos e pela vida dos nossos profissionais, contra toda e qualquer proposta de volta às aulas presenciais sem que a categoria esteja devidamente imunizada contra o coronavírus.
Em pesquisas realizadas tanto pela entidade, quanto por emissoras de TV, onde foram ouvidos professores, pais, alunos e sociedade em geral, a opinião da esmagadora maioria é de que a reabertura das escolas não deve acontecer até que todos os trabalhadores e trabalhadoras da Educação estejam imunizados.
Desde o início da pandemia, o sindicato vem alertando ao governo do Estado e aos prefeitos de Salvador e cidades do interior que o retorno de qualquer atividade presencial só seria possível com a imunização dos trabalhadores em Educação, bem como, a garantia de segurança nos ambientes escolares, no cumprimento rígido das medidas de biossegurança.
Desse modo, a insistência do prefeito e secretário da Educação de Salvador pela retomada das aulas presenciais é extremamente preocupante. A Covid-19 já matou mais brasileiros em quatro meses de 2021 do que em todo ano de 2020. A reabertura das escolas, no pior momento da pandemia no país, representa risco, não só para os profissionais em Educação, mas também para toda a comunidade escolar.
Crianças podem ser vetores de contaminação na medida em que entram em contato com outras pessoas. Não há como controlar o distanciamento, especialmente entre os mais jovens, levando-se em conta que também não há pessoal de apoio suficiente para ajudar a/o professor/a. Considere-se que a escola é um espaço de humanização, de afeto, de acolhimento da/o aluna/o, para que ela/e se sinta segura/o e confortável para aprendizagem e socialização.
Frente ao exposto, os trabalhadores em educação de Salvador, contrapondo-se à decisão do Executivo Municipal de retomada das aulas presenciais, no dia 03/05, por meio de Decreto publicado no dia 23/04, estarão com as atividades paralisadas durante os dias 03, 04 e 05 de maio, pela REVOGAÇÃO DO DECRETO E EM DEFESA DA VIDA, sem a realização de qualquer atividade presencial nas escolas, DANDO CONTINUIDADE ÀS AULAS REMOTAS de forma qualitativa, ou seja, exigindo que a SMED ofereça todo o suporte necessário para o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem, com indicativo de greve, caso não aconteça a revogação.
Nosso compromisso é com a Educação, com a vida e com os direitos. Os trabalhadores merecem respeito e valorização. Lutaremos! Aulas presenciais sem imunização é brincadeira de mau gosto!