Violência nas escolas: Estudante é baleado na cabeça por colega
Uma estudante de 19 anos atirou contra um colega dentro de uma escola pública em Natal, na manhã desta terça-feira (17). Ela também teria tentado disparar contra uma professora, segundo testemunhas.
O caso aconteceu na Escola Estadual Berilo Wanderley, no bairro Neópolis, na Zona Sul da capital potiguar. A estudante foi presa.
Segundo o pai do estudante ferido, ele tem 18 anos e é aluno do 3º ano do ensino médio. O jovem foi atingido por um disparo na cabeça, socorrido e levado para o Hospital Walfredo Gurgel, na Zona Leste de Natal, onde passa por atendimento.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte confirmou a ocorrência, disse que um estudante ficou ferido e que a suspeita do crime foi presa, mas não detalhou como o crime aconteceu.
O 5º Batalhão da Polícia Militar confirmou que uma arma de fogo, três facas e um bilhete foram apreendidos com a jovem presa.
Tiros
De acordo com a técnica de enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Ilzeany Dilis, o jovem ferido estava consciente no momento em que foi socorrido e relatou como o crime aconteceu.
“Ele estava consciente, ele relatou que foi uma menina que entrou, a colega dele da sala de aula, entrou em surto com uma arma na mão e saiu disparando; e uma das balas acertou ele na cabeça. Mas aí foi muito tumulto na hora e ele não soube explicar mais o acontecido”, disse.
Ainda de acordo com a profissional, o disparo de arma de fogo atingiu o rapaz na cabeça, mas a bala não ficou alojada.
“Tem orifício de entrada e orifício de saída, a bala não ficou alojada. No momento, ele estava consciente, orientado, apresentou quadros de vômito. Fez tomografia, foi avaliado pelo neuro e está tudo bem com o estado de saúde dele”, afirmou.
Um estudante que estava em uma sala de aula relatou que ouviu um disparo de arma de fogo e, em seguida, viu a autora entrar na sala e tentar atira contra a professora, mas a arma teria falhado.
“A gente estava na sala prestes a fazer a prova e ela chamou as amigas dela para conversar com ela, falar da sala. Passou um curto tempo de um minuto e a gente só escutou o disparo. A gente não sabia ao certo se era um disparo, a gente pensou que era uma bomba. Ela entrou na sala armada, apontou na cabeça da professora, só que a arma falhou. No que falhou, ela virou as costas para tentar correr, e o menino lá da sala pulou em cima dela e conseguiu apartar ela”, disse o aluno, que pediu para não ser identificado.
EUA
Ontem (16), outro ataque a tiros deixou ao menos três pessoas mortas e outras seis feridas na escola Abundant Life Christian School, em Madison, Wisconsin (EUA). Autoridades disseram que a atiradora era uma adolescente de 17 anos, informou o New York Times, Associated Press e CNN Internacional. Além das duas vítimas, a atiradora também morreu. Policiais disseram em coletiva de imprensa que ela era adolescente, estudava na escola e foi encontrada morta. As duas pessoas mortas eram um professor e um estudante, que não foram identificados.
Para a APLB-Sindicato, a violência nas escolas é um problema grave e alarmante, que demanda atenção urgente das autoridades, educadores, famílias e da sociedade como um todo. Casos como estes demonstram a amplitude desse fenômeno, atingindo diferentes países e contextos culturais. Ambos os episódios evidenciam a necessidade de medidas eficazes e preventivas para garantir a segurança de estudantes e profissionais da educação. Esses ataques, muitas vezes, surgem de um acúmulo de fatores, como isolamento social, bullying, acesso facilitado a armas de fogo e a falta de acompanhamento adequado para saúde mental.
APLB com agências