ÚLTIMA SEMANA À ESPERA DO APITO FINAL

ÚLTIMA SEMANA À ESPERA DO APITO FINAL

Por João Fernando Gouveia*

Como nunca, esperamos por esta última semana do ano de 2022. Dá-nos uma alegria enorme saber que o bem prevaleceu após essa tormenta tsunâmica, armada com glock e fuzis, que se abateu sobre o nosso país e o seu povo desde 2018, com o advento do nazifascismo, apelidado de bolsonarismo com seus CACs. Anos sombrios de ódio e de retrocessos de toda parte e ordem. Este país nunca viu coisa igual. Governado pelo mal, viu atraso, fome, miséria, desemprego, carestia, desmonte, chantagem institucional e sigilo secular, invisibilidade e desrespeito internacional, excesso de mortes, pandemia. E muita mentira. E muito deboche. Pagamos caro por nossa hipocrisia.

Surgiram nesse período gente negacionista, tosca, amadora, mentirosa, terrorista, vestida à moda militarista da Daslu e da Havan, pregando o evangelho armado. De patriotas eles só querem os centavos dolarizados e as criptomoedas. Mas sairão de cena a partir de janeiro, voltarão às fossas, à idade média, à inquisição de suas inquietações imbecis e golpistas.

Como gente digna e decente, só queremos a normalidade de tudo funcionando sem as exceções. Um país com sonhos e renovados anseios de inclusão e libertação. De trabalho, renda e justiça. Que os novos dirigentes eleitos democraticamente pugnem sempre pelos códigos da Democracia, pelo compromisso com a verdade e o progresso, um olhar mais apurado para a pobreza e a desigualdade e derrotem toda pretensão fascista e do atraso dessa gente nefasta.

Ao Jair, desejo o ostracismo vitalício de uma prisão. Devolvendo ao erário da Fazenda nacional sua remuneração de quatro anos de desserviço. Ou que ele vá desenvolver seu messianismo fundamentalista nos quintos.

Foram quantos os crimes apontados pela CPI da covid-19? Meses de trabalhos ‘exaustivos’, especiais do legislativo. Para quê? Perdão? Se, ao menos ele responder e for responsabilizado por um deles e experimente uns cinco anos de cadeia, damo-nos por satisfeitos e ampliaremos a nossa crença de que aqui no Brasil tudo não termine em pizza.

João Fernando Gouveia é biólogo, professor e poeta baiano.

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