TRABALHADORES EM EDUCAÇÃO DA REDE MUNICIPAL DE FEIRA DE SANTANA DECIDEM ENTRAR EM ESTADO DE GREVE
Bom dia Companheirada
Queremos agradecer aos Diretores e Diretoras de Escolas da Rede Municipal de Feira de Santana que não participaram do Encontro promovido pela Seduc na data de ontem, quarta 26, como forma de demonstrar a indignação pelo tratamento que a Secretária de Educação tem dado aos Trabalhadores e também aos diretores. Alguns se dirigiram ao “Encontro” , mas na presença da Secretaria de Educação Jayana Ribeiro, se rebelaram e decidiram também não participar. Gostaria de agradecer também o apoio do Arcebispo de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, o pastor Jorge Nery, presidente do Comitê Interreligioso e de Liberdades Laicas de Feira de Santana (Cointer), a representante das Religiões de Matriz Africana, Maria das Graças Ferreira Santos, Coordenadora da Federação dos Cultos Afro Brasileirose e outros representantes eclesiásticos que estiveram na Câmara Municipal de Feira de Santana na manhã de quarta,26, para prestar solidariedade à categoria que se fazia presente naquele espaço.
APLB SINDICATO, SÓ CONQUISTA QUEM LUTA!
Marlede Oliveira – diretora da Delegacia Sindical do Sertão
Durante toda a quarta-feira, 26, os trabalhadores em educação se mobilizaram na Câmara Municipal de Vereadores para a audiência que foi marcada com o Prefeito do Município, Colbert Martins Filho, para às 14h no local.
Em apoio a ocupação ocorrida na noite de terça-feira, 25, onde trabalhadores em educação da Rede Municipal resistiram bravamente, dentro da Prefeitura Municipal, das 9h da manhã de terça-feira, 25, até cerca de 00 h dessa quarta-feira, 26, sem luz, sem acesso à água, comida e ao sanitário, o Arcebispo de Feira de Santana, Dom Zanoni Demettino Castro, o pastor Jorge Nery, presidente do Comitê Interreligioso e de Liberdades Laicas de Feira de Santana (Cointer), a representante das religiões de matriz africana, Maria das Graças Ferreira Santos, coordenadora da Federação dos Cultos Afro Brasileiros, e outros representantes eclesiásticos estiveram na Câmara Municipal, durante a manhã, para prestar solidariedade a categoria.
Como marcado, foi iniciada a audiência com o Prefeito do Município, o Presidente da Câmara, Zé Carneiro, os vereadores Alberto Nery e Roberto Tourinho, os representantes dos trabalhadores em educação e a direção da APLB Feira. Sobre a pauta dos Precatórios do FUNDEF, não houve avanços, novamente o Prefeito não se mostra aberto a renegociar com a categoria, demonstrando a falta de respeito com o direito dos trabalhadores em educação.
Após a audiência, foi realizada uma Assembleia com os presentes que lotavam a galeria da Câmara, onde foi exposta toda a situação e debatido as propostas junto aos trabalhadores. A categoria reafirmou a posição de 60% para os trabalhadores em educação, ativos e aposentados, e os 40% devem ser destinados por Lei para a Educação, e decidiram, através de votação, entrar em estado de greve a partir de hoje, 26. Os trabalhadores em educação continuarão mobilizados, e já na próxima terça-feira, 2, haverá uma nova Assembleia da rede, quando a categoria irá discutir os rumos do movimento, que poderá deflagrar uma greve da Rede Municipal.
Após horas de ocupação, trabalhadores em educação da Rede Municipal de Feira de Santana resistiram bravamente dentro da Prefeitura Municipal, sem luz, sem acesso a água, comida e ao sanitário, e com a truculência da Guarda Municipal. O cárcere privado durou das 9 h da manhã de terça-feira, 25, até cerca de 1 h dessa quarta-feira, 26.
Os vereadores Alberto Nery e Zé Carneiro, estiveram no local e se comprometeram a solicitar audiência ainda hoje, 26, com o prefeito Colbert Martins, que ignorou todas as tentativas de negociação.
Convocamos todos os trabalhadores em educação, ativos e aposentados, para nos reunirmos na Câmara de Vereadores, às 8 h, de onde seguiremos novamente ao Paço Municipal, junto aos vereadores para aguardar audiência com o prefeito, para discutir sobre os recursos dos Precatórios do FUNDEF.
Sabemos que 60% dos recursos é, por Lei, destinado aos trabalhadores em educação e 40% devem ser destinados à Educação. Com esses recursos muitas Escolas que se encontram em situação precária, melhorariam, bem como todo o Ensino Público Municipal, contudo, os recursos no valor de 248 milhões continuam parados nos cofres do Município, pela falta de avanço nas negociações por parte do Governo Municipal.
APLB-Sindicato de Feira de Santana, só conquista quem luta!
