“SEC tem que ouvir os professores”, diz Calazans em seminário da APLB sobre IA e Ensino Médio
O seminário promovido pela APLB-Sindicato para debater o Novo Ensino Médio (NEM) e os impactos da Inteligência Artificial (IA) na Educação foi encerrado na tarde desta segunda-feira (26/08) com a participação de representantes da Secretaria Estadual de Educação (SEC), Conselho Estadual de Educação (CEE) e do Fórum Estadual de Educação (FEEBA). Heleno Araújo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e a dirigente da Confederação Nacional dos Estabelecimentos de Ensino (Contee), participaram remotamente do evento.
No debate, mediado pelos diretores da APLB, Olívia Mendes e Luciano Cerqueira, os participantes aproveitaram para cobrar do superintendente da SEC uma resposta do governo sobre questões relacionadas à preparação dos educadores para o uso da IA, Plano de Carreira, escolas de tempo integral, entre outros.
“Parabenizo a APLB pela iniciativa de discutir questões do nosso tempo que precisam ser enfrentadas pela rede estadual como um todo, envolvendo professores, coordenadores pedagógicos, lideranças do sindicato. A Secretaria tem que ouvir, do ponto de vista da receptividade, e fazer valer o desejo dos professores, porque a gente não consegue muita coisa sem ter os professores e a comunidade como aliados aliados desse processo, que é coletivo”, disse Calazans.
Arielma Galvão, diretora de Educação da APLB, destacou que “o sindicato não é contra a IA, mas ela precisa contribuir para a educação de qualidade que nós queremos e para a defesa dos direitos dos trabalhadores e desenvolvimento da aprendizagem dos nossos alunos”.
A discussão chamou atenção para a urgência em pensar numa Educação nos moldes das novidades e desafios impostos.
“A APLB nos chama para uma reflexão super importante – são duas agendas do momento – discutir Inteligência Artificial, que está batendo à nossa porta, nos provocando como educadores, como rede, como sistema e pensar num ensino nesses termos. Não diferente, a reorganização do Ensino Médio, com base da nova aprovação de lei que o renovou. Foi um debate super atuante e permanente que o sindicato trouxe aqui, ouvindo as redes, proporcionando espaço para escuta, com a presença da SEC, do Conselho, do Fórum Estadual, numa troca importante para alimentar a construção das novas iniciativas da rede”, pontuou João Danilo, representante do FEEBA.
A APLB diz que seguirá com o debate nos encontros e mesas de negociações com o governo e também com toda a categoria.
Estas questões raramente são discutidas no movimento sindical. A APLB sai na frente, com o objetivo de dar maior relevância, discutindo seus impactos na vida dos trabalhadores. Pretendemos chamar uma plenária híbrida na Bahia toda para debater estes temas, porque vamos ter uma reunião com a SEC e a gente quer ouvir a categoria antes de apresentar o nosso ponto de vista. Vamos também chamar com a SEC um debate sobre Educação Especial, principalmente sobre as classes especiais”, disse Rui Oliveira, coordenador geral da APLB.
A vice coordenadora da entidade, Marilene Betros, afirmou que é preciso chegar a um denominador comum sobre o NEM no estado e a APLB tomou esta iniciativa de debater com o governo.
“O Novo Ensino Médio foi sancionado pelo presidente Lula recentemente, trazendo diversas inovações. É preciso que a SEC apresente uma proposta”, destacou Betros.
O evento teve ampla participação da diretoria regional da APLB. “Foi um seminário de extrema importância para nós do interior, porque o debate fortalece a nossa luta e amplia as perspectivas de melhorias para a categoria”, disse João Neto, diretor da APLB Regional Nordeste.