Repúdio aos atos de violência contra a mulher!
A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia repudia os estupros coletivos contra jovens no Rio de Janeiro (vítima de 33 agressores) e no Piauí (cinco agressores). Repudia também outras forma de violência contra a mulher como o brutal assassinato da professora Sandra Denise Alfonso, ocorrido no dia 13 de maio, na Escola Municipal Esperança de Viver, em Castelo Branco pelo major Valdiógenes Almeida Júnior, assim como a morte por espancamento da jovem grávida, Jéssica Nascimento, vítima do namorado, em Vitória da Conquista, no dia 10 de maio.
Como Sindicato que atua em defesa dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras em educação, em sua base formada por grande maioria de mulheres e, como entidade deste teor, ligada à Educação defende ações nas escolas públicas em apoio à campanhas de combate à violência contra à mulher e que visem a estimular as denúncias por meio da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180.
A APLB-Sindicato propõe o debate de gênero nas escolas, pois os estereótipos de gênero são criados a partir da organização e construção social das relações estabelecidas entre mulheres e homens e a escola é o espaço que pode reforçar ou questionar esses estereótipos. É importante que desde os pequenininhos tenhamos essa preocupação sobre a discussão de gênero e que a escola seja um dos espaços formais onde se discuta o não à agressão contra a mulher. O desrespeito contra a mulher ainda é uma grande mazela na nossa sociedade e os trabalhadores e as trabalhadoras em educação podem ter um papel decisivo para sua superação.
A direção da APLB-Sindicato posiciona-se pelo enfrentamento à cultura de estupro existente e afirma que atos bárbaros e criminosos como estes violentam não só as adolescentes, mas todas as mulheres do país.
Pelo fim da violência contra às mulheres! !!
DADOS ASSUSTAM
Em Salvador, a maior parte dos estupros é registrada em bairros periféricos. A Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) de Tancredo Neves ocupa o primeiro lugar em registro de estupros, de acordo com dados da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA). Isso não quer dizer que a maior parte das vítimas seja realmente moradora de bairros periféricos. Para a coordenadora do Viver, serviço estadual que atende vítimas de violência sexual no estado, Dayse Dantas, o silêncio das vítimas – e a consequente subnotificação – está relacionado também à questão econômica. “A pessoa com poder socioeconômico maior pode se calar e buscar o tratamento e o acolhimento, principalmente o psicológico e o de saúde, de outras formas”.