Reforma Ortográfica – não fique por fora

Vem aí a reforma ortográfica. Se você tem problemas com o português ou quer se atualizar nossa indicação é a professora Maria de Lourdes Albergaria, com várias décadas de experiência ensinando a alunos do ensino médio, universitários, pós-graduados e professores. Telefones da professora Maria de Lourdes: 3487-3730//9991-2600//3272-0891//3378-1282

 

O Ministério da Educação e Cultura (MEC) pretende implementar a reforma ortográfica a partir de janeiro de 2009. Serão várias mudanças que pretendem unificar o idioma nos países de Língua Portuguesa (Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe). Além dos Brasil, os outros países de Língua Portuguesa também deverão efetuar mudanças.

 

Mudanças no Brasil

O alfabeto passará ter 26 letras com a inclusão do K, W e Y.

O trema deixará de existir nas palavras da Língua Portuguesa:
– Exemplos: lingüiça passara ser escrita linguiça; tranqüilo passará para tranquilo; bilingüe para bilingue.
– As palavras de origem estrangeira manterão o trema.

Nas palavras com duplo “o” e duplo “e” o acento circunflexo deixará de existir.
– Exemplos: vôo passara a ser escrita voo, lêem passara para leem.

O acento agudo deixará de existir nos ditongos abertos.
– Exemplo: idéia passara a ser escrita ideia.

Saem os acentos circunflexo e agudo usados para diferenciar palavras.
– Exemplos: pára (verbo parar) e para (preposição). Ambas palavras serão escritas sem o acento. O mesmo acontecerá com pêlo e pelo, entre outras.

Nas palavras compostas, cujos segundos termos comecem com “s” ou “r”, o hífen deixará de existir. A letra inicial do segundo termo será duplicada.
– Exemplos: anti-semitismo passar a ser escrita antissemitismo; anti-sociais passará para antissociais.
– Exceção: quando o primeiro termo da palavra terminar em “r”, o hífen deverá ser mantido. Exemplo: hiper-relações.

 

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Folha OnLine

20/08/2007 – 09h04

Brasil se prepara para reforma ortográfica

DANIELA TÓFOLI
da Folha de S.Paulo

 

O fim do trema está decretado desde dezembro de 2007. Os dois pontos que ficam em cima da letra u sobrevivem no corredor da morte à espera de seus algozes. Enquanto isso, continuam fazendo dos desatentos suas vítimas, que se esquecem de colocá-los em palavras como freqüente e lingüiça e, assim, perdem pontos em provas e concursos.

O Brasil começa a se preparar para a mudança ortográfica que, além do trema, acaba com os acentos de vôo, lêem, heróico e muitos outros. A nova ortografia também altera as regras do hífen e incorpora ao alfabeto as letras k, w e y. As alterações foram discutidas entre os oito países que usam a língua portuguesa –uma população estimada hoje em 230 milhões– e têm como objetivo aproximar essas culturas.

Não há um dia marcado para que as mudanças ocorram –especialistas estimam que seja necessário um período de dois anos para a sociedade se acostumar. Mas a previsão é que a modificação comece em 2008.

O Ministério da Educação prepara a próxima licitação dos livros didáticos, que deve ocorrer em dezembro, pedindo a nova ortografia. “Esse edital, para os livros que serão usados em 2009, deve ser fechado com as novas regras”, afirma o assessor especial do MEC, Carlos Alberto Xavier.

É pela sala de aula que a mudança deve mesmo começar, afirma o embaixador Lauro Moreira, representante brasileiro na CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). “Não tenho dúvida de que, quando a nova ortografia chegar às escolas, toda a sociedade se adequará. Levará um tempo para que as pessoas se acostumem com a nova grafia, como ocorreu com a reforma ortográfica de 1971, mas ela entrará em vigor aos poucos.”

Tecnicamente, diz Moreira, a nova ortografia já poderia estar em vigor desde o início do ano. Isso porque a CPLP definiu que, quando três países ratificassem o acordo, ele já poderia vigorar. O Brasil ratificou em 2004. Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro.

António Ilharco, assessor da CPLP, lembra que é preciso um processo de convergência para que a grafia atual se unifique com a nova. “Não se podem esperar resultados imediatos.”

A nova ortografia deveria começar, também, nos outros cinco países que falam português (Portugal, Angola, Guiné-Bissau, Moçambique e Timor Leste). Mas eles ainda não ratificaram o acordo.

“O problema é Portugal, que está hesitante. Do jeito que está, o Brasil fica um pouco sozinho nessa história. A ortografia se torna mais simples, mas não cumpre o objetivo inicial de padronizar a língua”, diz Moreira.

“Hoje, é preciso redigir dois documentos nas entidades internacionais: com a grafia de Portugal e do Brasil. Não faz sentido”, afirma o presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcos Vilaça.

Para ele, Portugal não tem motivos para a resistência. “Fala-se de uma pressão das editoras, que não querem mudar seus arquivos, e de um conservadorismo lingüístico. Isso não é desculpa”, afirma.

 

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