Novo Ensino Médio: Lula sanciona reforma, mas veta mudanças no Enem

Novo Ensino Médio: Lula sanciona reforma, mas veta mudanças no Enem

Na mensagem comunicando o veto ao Congresso, o presidente justificou que isso ‘poderia comprometer a equivalência das provas’ e ‘afetar as condições de isonomia na participação’

O presidente Lula sancionou, com vetos, a lei que institui o novo Ensino Médio. A medida foi publicada em edição do Diário Oficial da União desta quinta-feira (01) e altera a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

O governo optou por vetar a exigência de que vestibulares e o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) incluíssem o conteúdo dos itinerários formativos (as áreas de conhecimento às quais os estudantes podem escolher, como Exatas, Ciências da Natureza e Linguagens), além das disciplinas básicas já exigidas.

Na proposta do Congresso, o aluno poderia selecionar uma área de conhecimento para a prova, sem levar em conta o itinerário cursado no ensino médio. Assim, os processos seletivos para o ensino superior continuarão cobrando apenas o conteúdo tradicional.

O coordenador-geral da APLB-Sindicato, professor Rui Oliveira defende que o movimento da Educação deve continuar resistindo. “Não concordamos com esse formato da reforma. Vamos continuar resistindo para mudar este Novo Ensino Médio que traz prejuízos aos trabalhadores e trabalhadoras em Educação e ao ensino médio, pois possui um caráter privatista, que aprofunda as desigualdades no ensino público”, destaca Rui. 

O novo texto, agora aprovado como lei, definiu entre as principais mudanças:

  • 2.400 horas para disciplinas obrigatórias.
  • 600 horas para disciplinas optativas.
  • Disciplinas obrigatórias em todos os anos: português, inglês, artes, educação física, matemática, ciências da natureza (biologia, física, química) e ciências humanas (filosofia, geografia, história, sociologia).
  • Espanhol facultativo.
  • Itinerários formativos devem pertencer a uma das quatro áreas: linguagens e suas tecnologias, matemática e suas tecnologias, ciências da natureza e suas tecnologias ou ciências humanas e sociais aplicadas.
  • Cada escola deve ofertar no mínimo dois itinerários (exceto aquelas que oferecem ensino técnico).
  • Ensino técnico com 2.100 horas de disciplinas obrigatórias, com 300 dessas horas podendo ser destinadas a conteúdos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) relacionados à formação técnica. As demais 900 horas serão exclusivas para ensino do curso.
  • Formação geral básica oferecida presencialmente, com ensino mediado por tecnologia permitido em casos excepcionais.

 

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