“Não vamos aceitar retrocessos na Educação!”, dispara Rui Oliveira sobre aprovação do NEM

“Não vamos aceitar retrocessos na Educação!”, dispara Rui Oliveira sobre aprovação do NEM

Imagem tirada durante manifestação promovida pela APLB, em 2023.

O ministro da Educação, Camilo Santana, defendeu na última quarta-feira (28) a aprovação do Novo Ensino Médio ainda no primeiro semestre para permitir a implantação das mudanças em 2025. O governo federal enviou em outubro de 2023 um projeto de lei para o Congresso para ajustar pontos do Novo Ensino Médio, aprovado durante o governo de Michel Temer (MDB).

De acordo com o coordenador-geral da  APLB-Sindicato, professor Rui Oliveira, a categoria não irá aceitar nenhum tipo de prejuízo ao Ensino Médio. “Não vamos aceitar retrocessos na Educação! A participação da categoria e das entidades é fundamental para defender os interesses dos profissionais da educação. Iremos mobilizar os trabalhadores e trabalhadoras em Educação, junto à CNTE, que irá organizar manifestações e plantões no Congresso Nacional. Vamos juntas na luta! Basta de retrocesso! “, dispara Rui Oliveira. 

O relator, deputado Mendonça Filho (União-PE), apresentou seu relatório em dezembro de 2023, alterando pontos propostos pelo MEC, como a carga horária prevista para matérias obrigatórias, o que desagradou os governistas. O ministro Santana afirmou que espera que o texto enviado pelo governo seja considerado na íntegra, sem as alterações propostas pelo relator. Ele disse que vai se reunir com Mendonça para tentar chegar a um acordo.

O ministro destacou que a proposta encaminhada ao Congresso “é um consenso das entidades” e foi trabalhada com o Conselho Nacional de Secretários de Educação, Ubes, Conselho Nacional de Educação, conselhos estaduais. “Eu espero que levem em consideração os cinco meses de discussão e 150 mil pessoas envolvidas, muito debate e muito aprofundamento. O desejo é que seja na integra o projeto”, afirmou.

Relatório

Entre outros pontos, o relatório de Mendonça alterou a distribuição da carga horária total, que é de 3.000 horas totais durante os três anos, com carga horária diária de 5 horas, do Novo Ensino Médio que constava da proposta enviada pelo governo.

Pontos em negociação

Como é hoje o Novo Ensino Médio:

  • 1.800 horas de para disciplinas obrigatórias; e
  • 1.200 horas para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno).

Como o governo queria:

  • 2.400 horas de para disciplinas obrigatórias; e
  • 600 horas para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno).

Como o relator propõe:

  • 2.100 horas de para disciplinas obrigatórias; e
  • 900 horas para optativas (itinerários formativos escolhidos pelo aluno).

Previsão de votação

O deputado Rafael Brito (MDB-AL), que assumiu na quarta-feira (28) a presidência da Frente Parlamentar Mista de Educação, disse que há um compromisso da Câmara com o Ministério da Educação de votar o texto até março. O deputado, no entanto, afirmou que ainda não se sabe qual será o texto que será votado. Segundo ele, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), está na articulação para aprovar o texto no próximo mês.

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