“Não dá para fazer esse Apartheid na Educação brasileira”, disse Rui Oliveira em audiência pela revogação do novo ensino médio

“Não dá para fazer esse Apartheid na Educação brasileira”, disse Rui Oliveira em audiência pela revogação do novo ensino médio

A  Comissão da Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviços Públicos da Assembleia Legislativa da Bahia realizou na manhã desta terça-feira (04/4) a audiência pública “Revogação do Novo Ensino Médio e Valorização dos Profissionais da Educação”. O evento foi um pedido da APLB-Sindicato e dos movimentos estudantis que lutam pela revogação do novo modelo de ensino, considerado, entre outros pontos, excludente, por entidades e especialistas.

 

“Não dá para fazer esse Apartheid social na Educação brasileira. Teremos que reconstruir, pois a Educação do Brasil estava sendo desmontada. Pretendemos criar uma frente parlamentar estadual pela revogação do Ensino Médio”, declarou Rui Oliveira, coordenador geral da APLB.

 

Presente na audiência, a deputada Alice Portugal (PCdoB) frisou que o método é uma tragédia anunciada. “O novo ensino médio propõe um currículo mínimo. Teremos um ensino para ricos e pobres. Desconstrói qualquer tipo de perspectiva de continuidade pedagógica. Não vamos aceitar esse retrocesso”.

 

O evento teve participação expressiva de alunos de várias escolas estaduais de Salvador, como os colégios Noêmia Rego, Thales de Azevedo, Carlos Barros. “Para os estudantes de escola pública, o novo ensino médio seria a institucionalização da desigualdade. Queremos uma escola que nos possibilite o acesso à universidade. O novo ensino médio não nos representa!”, disse o presidente da UEB, Pedro Lucas. 

 

A deputada estadual Olívia Santana, presidenta da comissão, lembrou que o tema está na ordem do dia e que a revogação é parte da pauta principal dos movimentos em todo o Brasil.

 

“A reforma do ensino médio é uma herança do governo Temer, que colocou uma série de agendas que representam os interesses de mercado. Precisamos defender um projeto educacional que possa atender as necessidades de emancipação do povo brasileiro. A decisão do presidente Lula tem impacto e vamos fazer todo acompanhamento pela comissão. Essa será uma das nossas prioridades, pois estamos na luta em defesa da valorização da escola pública, em defesa de um projeto de país”, afirmou Olívia.

 

Representante da secretaria de Educação da Bahia (SEC), a professora Rosário, Superintendente de RH da SEC, ressaltou que a secretaria está à disposição para esse diálogo e que o órgão está atento às deliberações do governo federal.

Como encaminhamento da audiência ficou deliberado o acompanhamento da comissão desse processo de transição; a participação da comissão no seminário nacional sobre a temática; também na mobilização de rua.

 

Com informações da ASCOM/Olívia Santana

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