Livro Aruak e os Estranhos Seres foi lançado em 16 de dezembro

Livro Aruak e os Estranhos Seres foi lançado em 16 de dezembro

Foi um sucesso o lançamento do livro Aruak e os Estranhos Seres, de autoria de Jair Araújo. Amigos, colegas e conhecidos do escritor compareceram em grande número à Livraria Saraiva do Shopping Salvador para prestigiar o evento.

 

Aruak e os Estranhos Seres

 

Jair Araújo é um típico indivíduo dos anos 70. Geração que enfrentou a ditadura militar instaurada no Brasil em 1964 e, como todos regimes autoritários, perversa com aqueles que queriam respirar o ar da liberdade. Ainda cedo, com pouco mais de 18 anos, Jair Araújo começou a trabalhar na Coelba, após passar em um concurso público, enquanto partia para o vestibular de Biologia na Universidade Federal da Bahia. Como é típico dessa tribo, Jair se multiplicava em suas atividades, trabalhava e ensinava química no Colégio São Tomás de Aquino. Depois passou pelo 2 de Julho, Central, Escola Técnica, até ser aprovado em outro concurso, desta vez na Secretaria Municipal de Educação, onde foi desenvolver técnica em arte-educação, com foco em biologia. Em seguida, mergulhou em um projeto no Parque da Cidade, chefiando o setor de Biologia da Superintendência de Parques e Jardins.

Bem antes disso, nos idos de 1974/75, dirigente do diretório acadêmico de biologia, na UFBA enfrentou a repressão militar chefiada pelo temível coronel Luiz Arthur de Carvalho. Mas como também é típico dos setentistas encontra humor para falar disso hoje. E jamais se esquecerá que foi nas agruras dos anos de chumbo que conheceu o grande amor de sua vida, que viria a ser sua esposa.

Em 1983, biólogo e administrador de empresas, envereda pela literatura e publica, em parceria com seu irmão, o livro de poemas “Silêncio Solto/Bolhas de Sabão”.

Em 1985, transformou uma Kombi no expressivo Vagão Ecológico e, junto com amigos com a mesma ideia de defesa do meio ambiente, fez um projeto itinerante de educação ambiental, estimulando nas pessoas a consciência crítica na preservação do planeta, mesmo que fosse apenas durante a Semana do Meio Ambiente. Ele e os amigos apresentavam peças de teatro e palestras no Vagão Ecológico. Ainda em 85, conquistou sem primeiro prêmio literário, o 2° lugar no Concurso Boa Palavra, promovido pela Prefeitura de Salvador, com o poema Abaeterna. Nesse mesmo ano recebeu uma menção honrosa no Concurso Internacional de Poesias da Federação Baiana de Escritores.

Passou o tempo e Jair continuava a escrever, volta e meia publicava alguma coisa em antologias. Em 2000, lançou Entre Poucas e Boas, um livro de contos. Em 2002, ficou com o 3° lugar na categoria contos no Concurso Cidade do Salvador, promovido pela Fundação Gregório de Mattos.

Agora, brinda o leitor com sua prosa clara e bem humorada no livro Aruak e os Estranhos Seres. Os 700 exemplares (181 páginas de papel reciclável cada um) poderiam ser muito mais, não fosse a estranha lógica mercadológica que não incentiva o povo a ler ou será que adiantaria incentivar enquanto pagodes e axé music ocuparem mentes e rebolados soteropolitanos? A crítica mordaz revela que Jair Araújo continua atento e forte. “Meu compromisso é com a minha consciência”, afirma.

Pesquisa feita por ele, tendo como fontes o IBGE e a Câmara Brasileira do Livro, base 2008, detecta que o faturamento em reais na venda de livros em 2008 foi de 2,3 bilhões. Desses, a venda no mercado chegou a 2,43 bilhões. Ao governo, 869,35 milhões. O PIB do Brasil é de 2,9 trilhões de reais. A representação do mercado do livro em relação ao PIB é de 0,11%. O número de exemplares vendidos para o mercado foi de 333.264.519, que corresponde a 63,45% dos livros vendidos. Para o governo, foram vendidos 211.542.458 ou 36,35%. A população brasileira em 2008 era de 189,6 milhões. O número per capta de livros por habitante é de 1,7%.

 

 

Prefácio

 

No prefácio de Aruak, Danilo Athayde Fraga fala, entre outras coisas, da apologia feita por Jair Araújo à Revolução dos Bichos, de George Orwell

 

“Penso que Esopo quando em suas fábulas retratava raposas, leões e asnos como seres humanos não era para atribuir características humanas a esses bichos, mas sim dizer que os seres humanos se comportam como raposas, leões ou asnos. Em “Aruak e os Estranhos Seres” há a clara noção de que o ser humano pode ser malandro e desleal como a raposa, violento e orgulhoso como o leão ou passivo e submisso como o asno. Mas, neste romance de protesto, seres humanos e animais ocupam dois lugares opostos. A diferença entre a sociedade e a natureza se dá de forma maniqueísta e conflituosa. O ser humano é vil e egoísta e todo o sentimento de bondade, altruísmo e fidelidade é animalizado. Cabe aos bichos em “Aruak e os Estranhos Seres” salvar o planeta da degradação protagonizada pelos seres humanos. Mas eles são perseguidos, torturados, assassinados, enjaulados e uns, por fim, personificados.

Inspirado em Orwell e sua utopia negativa, Jair Araújo constrói um cenário apocalíptico, onde a humanidade é a única responsável e a única alienada. Difícil dizer que este livro foi escrito há mais de vinte anos. Ele é atualíssimo; possui uma juventude impulsiva e arrebatada. Um livro-protesto, um grito. Com uma trama ligeira e simples, o livro tem a pressa de conscientizar, sensibilizar seus leitores. Ele expõe uma verdade também simples, que salta aos olhos, mas é sempre rechaçada, acobertada – a incrível capacidade do homem de destruir a natureza e a sua quase nula consciência ecológica.

“Aruak e os Estranhos Seres” é, antes de tudo, um livro político. Fruto da inconformada e poética mente de um jovem que, na época, ainda era um estudante de biologia. Creio que a personagem principal, a jovem baleia azul Aruak, represente muito dos sentimentos do autor. De caráter impulsivo, Aruak tenta lutar contra as próprias limitações. Possui sensibilidade e uma força latente e, ao longo do romance, toma a consciência de que sua indignação, sozinha, não irá mudar o mundo. Antes ela precisará dos seus iguais, precisará extrair força, exercitar a tolerância e criar uma unidade coletiva. Encerra-se neste livro um sentimento de completa perplexidade diante do mundo atual e de eterna resistência. Estes sentimentos podem ser ilustrados pela resposta da enigmática anciã, a baleia verde, ao ser indagada por Aruak.:

“- Como a senhora encontra forças para continuar lutando, apesar da luta ser tão desigual?

– A força, meu jovem, está na crença dos nossos ideais e, quando tudo parece estar contra, extraímo-la do próprio mal que nos atinge e que ansiamos combater.”Além das muitas falas do sábio golfinho Oto, como esta:

“- Aruak, não podemos, no processo das nossas vidas, permitir que nossas boas crenças e princípios básicos sejam transformados… Senão nossos valores correm o risco de assumir a identidade dos meios de que, às vezes, nos compelem a lançar mão para alcançarmos os objetivos das causas. Mas, em verdade, são os bons princípios que devem nortear as nossas ações.” Ao lado do protesto ambiental está o protesto social. As personagens animais deste romance têm dificuldade de entender como, no seio da própria sociedade, o homem é capaz de cometer atitudes bárbaras contra os seus semelhantes. Não entendem a busca cega pelo progresso tecnológico e como, neste processo, a dignidade, a soberania e a bondade são subjugadas.

Num cenário de constante luta, onde os animais são incapazes perante o saber técnico e a crueldade do ser humano, a esperança só poderá ser representada por personagens fora da trama, algo parecido com o deus-ex-machina da tragédia grega. Esses são os estrelares, seres dotados de conhecimento e espírito elevado.  Na minha análise pessoal de leitor, essas personagens representam uma profunda descrença na humanidade. A solução para o conflito necessita vir de fora do planeta Terra, pois a sociedade, tal como é (está), não tem condições de reverter a situação ou, ao menos, tomar consciência de si e do meio ambiente. Penso que a mensagem de Jair Araújo é a de que, sem uma quebra radical de paradigmas, sem uma reestruturação de toda a sociedade, a mudança não é possível e jamais frutificará.

“Aruak e os Estranhos Seres” é um livro desconfortante, porque inquieta e faz-nos reconhecer em nossa vida hábitos condenáveis. É, ao mesmo tempo, simples e primordial, pois ele se apega a poucos, mas fundamentais valores e os leva, imutáveis, até o fim. Um livro duro e direto, que nem por isso deixa de ser poético. Possui uma sensibilidade ímpar e o espírito limpo e sincero.

Não é um romance limitado ao público infanto-juvenil, que, através da trama, propõe ampliar nos jovens seus conhecimentos básicos no campo da ecologia, da sociologia, da política global e até da ética. Inevitavelmente, atingirá também o público adulto, visto que guarda nas entrelinhas o propósito de despertar a consciência de que somos, apesar da nossa inteligência, apenas um pequeno elo nessa corrente da vida planetária e que poderemos sucumbir pela arrogância, prepotência, ambição e falta de amor.

 

Danilo Athayde Fraga

Poeta, escritor e universitário”.

 

 

E Jair Araújo explica a história de Aruak:

 

“Nota do autor

 

Aruque foi o nome dado ao personagem principal por minha filha que, na época, contava com apenas cinco aninhos, quando lhe pedi sugestão. Despertou em mim uma estranha curiosidade em pesquisar o significado da expressão por ela mencionada. Entretanto, deparei-me com os termos Aruak, Arawak e Aruaque e descobri tratar-se dos “comedores de farinha” que fazem parte das numerosas nações de índios da América, dentre eles a nação caraíba,  povo indígena que habitava as Antilhas, a região das Guianas e parte do litoral centro-americano, e que ainda hoje têm descendentes nas regiões dos rios Amazonas e Orinoco. Reúnem línguas faladas por diversos povos indígenas que habitam o norte do rio Amazonas, a Colômbia, as Guianas, e ao longo do vale do rio Xingu, até o rio Paranatinga.

Na verdade, são encontrados em quase toda a América do Sul e, sem dúvidas, o povo destas nações são os brasileiros autênticos, atualmente tão esquecidos e sem o reconhecimento de qualquer dívida de gratidão ou reparação, a exemplo de outros povos, que foram submetidos aos mesmos tratos. Primeiro pelos seus patrícios para depois serem entregues aos traficantes, a partir de um processo de corrupção explícita, passando, então, sob o regime da brutalidade, a servirem nas colônias escravocratas das potências do velho mundo.

Os Arawak foram, portanto, aqueles que tiveram os primeiros contatos com os europeus e que foram submetidos a um bárbaro processo de escravidão, idêntico a qualquer outro e a um quase genocídio pelos sucessivos colonizadores das Américas.

Achei incrível a semelhança entre a história desse povo e o enredo da trama ecológica a ser contada. Por isso, adotei o nome Aruak para a personagem principal deste livro que também é antigo.

Pois é, este é um daqueles livros antigos. Você, leitor, talvez tenha a impressão de que todas as publicações recém-lançadas são escritas novas. Mas isso não é regra. Esta que está em suas mãos fez parte, como diz meu mestre e amigo Máximo Cruz, “do baú dos guardados”, pronta e acabada, por pelo menos vinte e três anos e, somente agora, por oportunidade, vontade ou qualquer outro irrevelável motivo, decidiu abrir as suas páginas.

Em verdade, ele é muito mais velho que isso. Vai mesmo além dos seus vinte e três anos, pois foi fecundado e gerido nos idos de 1975, em plena ditadura militar, para ser concebido no ano de 1986, quando os ventos começavam a soprar novos rumos.

Na década de 70, quando estudante de biologia e membro do Diretório Acadêmico do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia – Ufba, tivemos a oportunidade de deflagrar, juntamente com todas as unidades da Ufba, um dos mais importantes movimentos de paralisação realizado durante a época da ditadura. Anos difíceis, quando muitos tiveram que viver na clandestinidade. Felizes aqueles que conseguiram sobreviver à brutalidade e ao arbítrio.

Findo o pouco mais de vinte dias de paralisação – vividos sob o domínio do medo e do terrorismo oficial imposto pelo governo militar, vigiados e coagidos, humilhados e revoltados – pensamos em criar um folhetim a ser denominado A BALEIA. O veículo deveria ser o porta-voz dos alunos de biologia a partir dali.

A ideia era elaborar uma edição educativa e cultural, com informes acadêmicos, sem deixar de denunciar e criticar o regime. Como considerávamos os agentes do sistema seres estranhos e obtusos, resolvemos desafiá-los. Portanto, inspirado na Revolução dos Bichos, de Georg Orwell, o folhetim utilizaria textos com conteúdos biológicos para mascarar nossa verdadeira intenção de criticar o governo e ludibriar a censura a que estávamos submetidos, inclusive pela direção do instituto e pela reitoria da universidade. Pretendíamos criar, dessa maneira, um álibi acadêmico e científico, para nos livrar da repressão, caso viéssemos a ser importunados pelo regime ─ santa ingenuidade.

Foi assim que nasceu o primeiro capítulo deste livro, texto único daquele folhetim, que pretendíamos publicar na forma de editorial.

A BALEIA jamais ganhou a forma de folhetim. Mas o primeiro capítulo do livro ficou pronto nesse cenário e, a partir dessa frustração, que somente veio a ser superada após onze anos, renasce agora em suas mãos e pensamento. Eis que surge sob uma nova ótica, uma nova realidade de mundo, no qual, apesar de tudo e infelizmente, ainda sobrevivem resquícios do velho regime. E, por mais estranho que possa parecer, continua a ser patrocinado e disfarçado pelo capitalismo, que humilha, explora e corrompe, deixando evidente que os governos, todos eles, se permitem contaminar, passiva ou ativamente, por esses maléficos e devastadores vírus, denominados ambição e poder”.

 

ARUAK E OS ESTRANHOS SERES

Escritor baiano lança romance ecológico destinado ao público jovem

 

 

          O mercado editorial baiano aguarda com muita expectativa a noite de autógrafos do novo livro do escritor Jair Araújo, intitulado “Aruak e os Estranhos Seres”. Com lançamento previsto para dezembro, o romance infanto-juvenil está em fase final de produção na editora Sooff Set e será impresso, com capa em policromia e miolo em papel reciclado, na Gráfica Trio. As ilustrações são assinadas pelo cartunista Paulo Serra, a capa foi feita sobre uma tela do médico e artista plástico Almério Machado Júnior, as artes das dedicatórias foram montadas pelo desenhista Leonardo Dourado, a fotografia é do jornalista Antonio Fraga e a coordenação editorial da obra é assinada pelo próprio Jair Araújo.

         Embora não seja um livro didático, e sim um romance com potencial para agradar ao público de todas as idades, o livro contem informações relevantes e atualizadas sobre biologia e ecologia, que foram realçadas através da diagramação de Mara Lima. A editoração gráfica contempla gravuras, notas e textos informativos que complementam o conteúdo do livro de 182 páginas. Faz parte do projeto de edição a distribuição de exemplares para bibliotecas, escolas públicas e instituições ligadas à preservação ambiental. Por isso, o autor fez questão de que a revisão do texto, executada pela equipe de Cora Lima e Rebeca Alcântara, fosse feita em conformidade com as regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, aprovado pela Comunidade dos Paises de Língua Portuguesa (CPLP).

 

Sinais dos Tempos

 

         No prefácio do livro, o jovem escritor Danilo Augusto de Athayde Fraga traça um interessante paralelo entre o romance de Jair e as fábulas de Esopo: “Penso que quando Esopo em suas fábulas retratava raposas, leões e asnos como seres humanos não era para atribuir características humanas a esses bichos, mas sim dizer que os seres humanos se comportam tal qual raposas, leões ou asnos. Em ‘Aruak e os Estranhos Seres’ há a clara noção de que o ser humano pode ser malandro e desleal como a raposa, violento e orgulhoso como o leão ou passivo e submisso como o asno. Mas, neste romance de protesto, seres humanos e animais ocupam dois lugares opostos. A diferença entre a sociedade e a natureza se dá de forma maniqueísta e conflituosa. O ser humano é vil e egoísta e todo o sentimento de bondade, altruísmo e fidelidade são animalizados. Cabe aos bichos salvar o planeta da degradação protagonizada pelos seres humanos.”

         Segundo o Secretário da Cultura do Município de Santo Amaro da Purificação, Rodrigo Velloso, que assina a apresentação do livro, “Aruak nos pega pela mão e, de forma carinhosa, nos faz olhar em volta e enxergar os golfinhos, as baleias e o sofrimento de todas as criaturas marinhas. Eles nos chamam a atenção para os ‘estranhos seres’ e o futuro do planeta. E, desta forma, nós também somos envolvidos pelo mesmo desejo de gritar para cada ser ameaçado: Fuja!! Fuja!!.”

         O espaço da contra-capa do livro foi reservado para outros dois escritores de peso: o romancista Achel Tinoco e o pastor e poeta Itamar Bezerra. Na opinião de Achel, “os estranhos seres ainda continuam a destruir o planeta, indiferentes a si mesmos. É como se a vida não nos pertencesse e não fosse imprescindível preservá-la. Aruak encontrou um autor disposto a navegar com ele a bordo dessa fábula engenhosa, na qual personagens impossíveis dividem a tarefa de existir sem a ignorância do homem nem a intolerância dos povos.”  Já o pastor Itamar Bezerra usa o espaço para fazer um importante alerta: “O mundo em que vivemos agoniza sob a implacável ação do próprio ser humano, no exercício pleno de seu egoísmo. Cada indivíduo suga o que pode do seu entorno, não importando se isso implicará no esgotamento dos recursos naturais e no desequilíbrio do ecossistema. Jair Araújo, atento aos sinais do tempos e engajado nas questões sociais mais cruciais, nos aponta soluções possíveis, através de uma curiosa e encantadora história.”

 

Natureza Humana

 

         “Aruak e os Estranhos Seres” é um romance do dia-a-dia, atual, cheio de encanto e de poesia. As idéias, expressas em prosa-poética, vão navegando por cada página refletindo o olhar do autor.

         Ao terminar a leitura do livro, a idéia da importância de se preservar o meio ambiente fica impregnada na retina do leitor e o faz perceber que, se somos naturais da terra de onde brotamos, tudo o que é puro, bom e saudável vem da natureza…

         Apenas uma espécie de natureza pode ser nociva, quando revestida do sentimento de destruição e soberba. Apenas uma forma de natureza pode ser perigosa e vil: a natureza humana.

 

Sobre o autor

 

         Além de romancista e poeta, com vários livros publicados, Jair Araújo é também biólogo, ecologista e professor. Ele foi idealizador e fundador do pioneiro grupo ambientalista Vagão Ecológico. Criado na década de oitenta, o Vagão era um verdadeiro trem, tripulado por um grupo de artistas e ecologistas, que percorreu os caminhos da Bahia com a mensagem de que a educação deve estar sempre a serviço da preservação.

          Já naquela época, quando ecologia ainda era uma idéia pouco difundida, este escritor-ambientalista adotava uma postura determinada na antiga Escola Técnica Federal da Bahia, onde trabalhava como professor de biologia. Ele dedicava-se com afinco à promoção de palestras, debates e concursos literários sobre ecologia e questões ambientais. Desta forma, milhares de jovens que foram alunos de Jair Araújo receberam uma influência positiva na formação como cidadãos do mundo, justamente no momento em que as questões ambientais começaram a aparecer de forma mais consistente.

          Hoje, tantos anos depois, com o lançamento do seu novo livro, Jair Araújo revela que o seu espírito combativo e os seus ideais ambientalistas são ainda mais antigos. Remontam ao início da década de setenta quando, na condição de líder estudantil e jovem escritor, ele começou a semear as idéias do livro “Aruak e os Estranhos Seres”. Só mesmo uma mente fértil e focada na educação, como a de Jair Araújo, poderia produzir a idéia original de unir, em uma mesma trama, ecologia, história, política e resistência civil, num livro dedicado à juventude.

Formação, Obras e Prêmios

 

Nascido em 1953, em Salvador, Bahia, Jair Araújo é biólogo e administrador de empresas, pós-graduado em OSM e Direito Tributário pela Ufba. Lecionou biologia durante trinta anos. Atualmente é auditor fiscal. Em 1983, publicou o livro de poemas Silêncio Solto/Bolhas de Sabão, em parceria com José Araújo. Em 2000, publicou o livro de contos “Entre Poucas e Boas”. Participou das Antologias poéticas “Universos da Esperança de Amor e Paz” (1985) e Poetas da Bahia I (2002). Premiado em segundo lugar, na categoria poesia, no concurso Boa Palavra, promovido pela Prefeitura Municipal do Salvador (1985). Recebeu menção honrosa no Concurso Internacional de Poesias – Prêmio Lagoa do Abaeté, promovido pela Federação Baiana de Escritores (1985). Obteve o terceiro lugar no Concurso Literário Cidade do Salvador, categoria conto, promovido pela Fundação Gregório de Matos (2001).

 

Contatos do Autor:

Jair Araújo

Celular: 8879-7776

Fixo: 3245-4314

E-mails: aruak2010@hotmail.com

               jairaraujo@globo.com

 

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