Jequié – Ameaça à liberdade de expressão
O prefeito Luiz Amaral que na abertura dos trabalhos legislativos 2011, ao ser vaiado insistentemente por uma platéia formada em sua maioria de trabalhadores da educação municipal, afirmou ao Jequié Repórter que não havia se irritado com a manifestação e vangloriou-se por “ser um democrata por excelência”. Demonstra agora o alcaide, ter mudado o tom do seu discurso. O jornalista Ari Moura, diretor de jornalismo da rádio 95 FM diz em seu blog que o prefeito Luiz Amaral e a sua esposa, professora Lélea Amaral teriam se posicionado contra as emissoras de rádio 93 FM e 95 FM – ameaçando-as de suspenderem contratos de veiculação em vigor, caso essas empresas dessem espaço aos dirigentes da APLB/Sindicato, para darem espaço ao movimento da categoria que resulta no atraso do início letivo de 2011.
Ari Moura [não está escrito no seu blog] recebeu e-mail do diretor da emissora, Fabrício Borges, Secretário de Desenvolvimento Econômico, orientando-o em relação ao assunto. Na 93 FM, o diretor Euclides Júnior, vereador da base governista, também foi alvo da mesma “recomendação”, tendo resultado no afastamento temporário do repórter Wellington Ferreira, que em sua participação das ruas, no dia 21, quando as aulas deveriam ter sido iniciadas em Jequié, teceu comentários, desagradando os governantes de plantão. Vê-se claramente em tais atitudes o que pode ser considerado “Lei da Mordaça”, plagiando citação escrita em épocas passadas pelo jornalista Souza Andrade. “Nos causa tristeza e decepção ver atitudes por parte de alguns políticos sem preparação e ainda utilizando meios condenáveis por uma democracia que o povo brasileiro tanto lutou para conquistar”, desabafa Ari Moura. “O estabelecimento de uma democracia caolha, que enxerga apenas o lado do seu interesse”, comentário nosso. Lamentamos profundamente, que esses comportamentos possam estar ocorrendo em nossa Jequié.
Por Wilson Novaes
Jornalista – www.jequiereporter.com.br
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Os trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede municipal em ESTADO DE MOBILIZAÇÃO rejeitaram em assembléia geral realizada na manhã de 25 de fevereiro, por unanimidade, a proposta de reajuste salarial apresentada pelo executivo municipal e reafirmaram a continuidade do movimento, considerando que a proposta fere frontalmente a carreira.
Na manhã de ontem (24), diretores da APLB/Sindicato, professores representantes do Comando de Greve e o consultor Joel Câmara estiveram reunidos no prédio sede da Prefeitura de Jequié com Executivo Municipal no intuito de chegarem a um acordo no atendimento da pauta já apresentada. Nessa reunião, o Executivo apresentou proposta de 6% de reajuste que passaria a vigorar no mês de maio.
Coincidentemente, o ministro da Educação, Fernando Haddad, divulgou ontem (24) o novo do piso nacional do professor do ensino básico, que terá um reajuste de 15,9%. O valor sobe de R$ 1.024,67 para R$ 1.187,97. Pela lei, nenhum professor de nível médio, com jornada de 40 horas semanais, pode ganhar menos que isso. O piso é determinado com base no custo por aluno do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação).
Próxima Assembléia, quarta-feira às 10h no auditório da APLB/Sindicato. Venha!! Vista sua camisa e traga mais um!!
FOTOS EM ANEXO. [assembléia de hoje e audiência de ontem]
APLB/Sindicato apresenta a situação das escolas da rede municipal de Jequié-BA
A APLB/Sindicato apresentou na manhã de ontem (21), em assembléia geral dos trabalhadores e trabalhadoras em educação da rede municipal na Câmara de Vereadores a situação de 16 escolas do município [sede e distrito], mostrando graves problemas em suas estruturas físicas e de equipamentos, com destaque para o Ginásio Municipal Professora Alíria Argolo, abandonado totalmente.
Mais de 90% das Escolas estão fechadas [nesse primeiro dia letivo, proposto pela Secretaria Municipal de Educação], demonstrando que a categoria, os pais e os alunos preferiram seguir a orientação responsável, respondendo negativamente aos apelos e as ameaças da administração.
Segundo a profª. Claudenice Barbosa, diretora geral da APLB/Sindicato, “o movimento dos trabalhadores em educação não se restringe apenas à questão do reajuste salarial, há também uma cobrança por melhores condições de trabalho, realização de concurso público, segurança nas escolas, perícia médica, eleição direta para diretor e vice-diretor das escolas, coordenador pedagógico em tempo integral e, também, pela recuperação da estrutura física da rede escolar. A educação precisa ser levada a sério, ser tratada como direito”. “Na próxima quinta-feira (24), será a audiência com o Executivo, até lá pretendemos manter inalterado o movimento”, conclui a Professora.
Encaminhamento da Assembléia:
- Reunião do Comando de Greve, nesta terça-feira (22), às 09h.
- Assembléia Geral da Rede Municipal, nesta sexta-feira (25), às 09h, no auditório da APLB/Sindicato. VENHA E TRAGA MAIS UM!!
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APLB/Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia
Regional Centro Oeste Delegacia Sindical do Sol/Apromuje
NOTA PÚBLICA
A APLB/Sindicato informa aos pais, estudantes e sociedade em geral, que em virtude do Prefeito Municipal não ter atendido ainda a pauta de reivindicação, os Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação decidiram que não iniciarão o ano letivo no dia 21/02 (segunda-feira). Portanto, pede aos pais e mães a compreensão e que não mandem seus filhos para as escolas. Queremos Condições de Trabalho, Concurso Público, Perícia Médica, Segurança nas Escolas, Merenda Escolar de Qualidade e em Todos os Dias Letivos, Eleição para Diretores e Vice-Diretores das Escolas Municipais, Reajuste Salarial e Transporte Escolar de Qualidade. A categoria entende que o não início do ano letivo causa transtornos para todas as partes: professores, estudantes, funcionários e a sociedade em geral, mas que, infelizmente, é o único mecanismo disponível para exigir do governo municipal o atendimento de suas reivindicações.
APLB/Sindicato
Delegacia Sindical do Sol – APROMUJE