IX Conferência Regional da Internacional da Educação da América Latina (IE)

IX Conferência Regional da Internacional da Educação da América Latina (IE)

A IX Conferência Regional da Internacional da Educação da América Latina (IE) e o II Encontro Até um Movimento Pedagógico Latino-Americano estão sendo realizados no período de 19 a 21 de setembro, em Recife, capital pernambucana. A APLB-Sindicato está presente.

Nesta quinta-feira, 19 de setembro, a vice-coordenadora e diretora do Departamento Jurídico da APLB-Sindicato, e titular da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CTB-Bahia, Marilene Betros, discursou:

IX Conferência Regional Internacional - Marilene Betros.jpg

Saudação da CTB à Conferência  Regional da Internacional da Educação para América Latina e II Encontro Até um Movimento Pedagógico Nacional
A Central dos/das Trabalhadores/ e Trabalhadoras do Brasil – CTB saúda a todos e todas que participam da nona   Conferência Regional da Internacional da Educação da América Latina (IE) e o II Encontro  Até um Movimento Pedagógico Latino-Americano”, à CNTE  CONTEE e o PROIFES e deseja  que nesses  dias, possamos  debater e apontar  estratégias e ações que contribuam para mudar o rumo da educação.
O mundo passa por uma situação da mais delicada, desde a Grande Depressão deflagrada em 1929 nos EUA. É numa conjuntura desafiadora para o sindicalismo combativo, marcada pela mais séria crise do sistema capitalista internacional. É neste contexto que se realiza essa conferencia. Em todo o mundo, os trabalhadores se manifestam e gritam em alto e bom som que “não vamos pagar por esta crise”.
Este grito  desperta nas classes trabalhadoras, nas forças progressistas e no sindicalismo a necessidade de lutar por medidas emergenciais em prol do crescimento, em defesa do emprego, da renda e dos direitos. Coloca na ordem do dia, por consequência, a luta social e política pela superação desse modelo econômico, ou seja, por novos modelos de desenvolvimento nacional, alternativos e antagônicos ao neoliberalismo, orientados na direção do socialismo.
Na América Latina há um crescente movimento de mudanças e de reafirmação da soberania das nações. O povo latino americano vem demonstrando sua disposição de lutar por profundas mudanças em seus países e no cenário internacional.
 O antagonismo entre os interesses dos trabalhadores e o da burguesia monopolista, dos povos e do imperialismo, se acentua em toda parte. São visiveis   os efeitos da crise econômica e financeira mundial nos profissionais e nos sindicatos da educação em todo o mundo. As péssimas condições de trabalho, a baixa remuneração, redução salarial, aumento de carga horária, a terceirização, o número elevado de alunos em sala de aula, a falta de políticas publicas para o setor e o abandono dos estados nacionais da sua função precípua de garantir o direito básico a uma educação de qualidade, nos leva a uma reflexão de que é necessária a união dos povos, para que possamos traçar estratégias e ações coletivas para, de acordo com a realidade de cada país, programar e desenvolver a luta pela superação desse sistema opressor que é o capitalismo rumo à construção de uma nova sociedade democrática, de igualdade e justiça social.
A luta por uma educação pública, de qualidade socialmente referenciada,  tem sido a tônica do movimento sindical. Em 2010, num processo democrático, realizou-se a I Conferência Nacional de Educação estamos em fase de preparação para a CONAE 2014, momento em que o movimento popular participa efetivamente da construção de políticas públicas para a educação.
Temas importantes estão sendo  debatidos nas Conferência, tais como: organização e regulação da educação nacional, a qualidade da educação, gestão democrática e avaliação, a democratização do acesso, permanência e sucesso escolar, a formação e valorização dos profissionais da educação, o financiamento da educação e controle social, dentre outros, ressalto que as proposições da conae 2010 serviram de base para a elaboração de políticas educacionais, especialmente do Plano Nacional de Educação (PNE). Estes temas  também permearão os debates da nona Conferência.
As Marchas em Defesa da Educação, realizadas pela CNTE, tem sido  um sinal de alerta para os e as governantes. A classe trabalhadora não baixará a guarda até garantir a aprovação de um PNE democrático, que contemple questões como investimento e valorização dos profissionais da educação. E importante que reafirmar  a incansável batalha por mais investimentos na educação. Pela aplicação dos 10% do PIB para a educação, vale destacar a grande vitoria que tivemos recentemente que foi a destinação de 75% dos royalties do petróleo para a educação.
No que concerne à  luta pela valorização dos profissionais da educação continuaremos defendendo o cumprimento integral da lei do piso salarial nacional, que é desrespeitada por vários estados e municípios; a aprovação do PNE, na integra ; a valorização do plano de carreira para os profissionais da educação; a normatização da jornada de trabalho do magistério, e essas são questões que não abrimos mão de sua realização.
Assim, estaremos  participando da 9ª conferência com a disposição de colaborar e fortalecer a luta em prol de uma educação pública de qualidade. Para a CTB, a educação se constitui num ponto central e deve ser tratada com prioridade, pois a educação é a base para o desenvolvimento de uma nação, como disse o grande educador Paulo Freire a EDUCAÇÃO É O ISTRUMENTO PELO QUAL PODEREMOS MUDAR O MUNDO.
Portanto a defesa de uma educação publica de qualidade socialmente referenciada passa pela garantia de dois pontos primordiais: o fortalecimento da educação pública, democrática e de qualidade e a regulamentação da educação privada, tendo o estado o  papel de exercer o controle, regulação, credenciamento e avaliação da educação, com as devidas referências sociais.
A DEFESA DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE DEVE SER
TAREFA DE TODOS E TODAS
Por isso defendemos:
  • Educação pública, gratuita, universal e laica em todos os níveis;
  • Definição do papel regulador do Estado;
  • Formação profissional integrada a uma sólida educação geral;
  • Valorização dos profissionais da educação;
  • Controle público do processo de financiamento da educação;
  • Regulamentação e fiscalização da educação privada;
  • Inclusão, permanência das camadas e grupos sociais da população prejudicados por séculos de exclusão social, especialmente afro-descendentes, indígenas e cidadãos e cidadãs de baixa renda em todos os níveis da educação pública;
  • Políticas para a erradicação do analfabetismo;
  • Lutar pelo fortalecimento do serviço público regulamentação do setor privado de ensino;
  • A liberdade de organização dos estudantes, técnico-administrativos e professores;
  • O respeito e expansão dos direitos trabalhistas, previdenciários, sociais e sindicais para os trabalhadores da Educação;
  • O cumprimento das finalidades das Universidades de desenvolverem indissociavelmente atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão, contribuindo efetivamente para o Desenvolvimento Local, Regional e Nacional em cooperação com órgãos públicos das esferas Federal, Estaduais e Municipais, além de organizações da sociedade civil;
  • O controle social, com participação da comunidade acadêmica e científica na criação, extinção e alteração de cursos e currículos que devem ser adaptados às necessidades regionais;
  • Combate rigoroso à desnacionalização da educação promovida pelo capital estrangeiro
Viva a unidade da classe trabalhadora!
Professora Marilene Betros
Titular da Secretaria da Mulher Trabalhadora da CTB-Bahia
Vice-coordenadora e diretora do Departamento Jurídico da APLB-Sindicato”

   Pernambuco3

      Pernambuco_Paulo FreirePernambuco1  Pernambuco2

 

**************************************************************************************************************************

Informações da CNTE

 Fortalecimento do Movimento Pedagógico Latino-Americano é foco de atividades da Internacional da Educação para a América Latina

Publicado em Terça, 17 Setembro 2013 15:43
As atividades estão acontecendo durante essa semana, em Pernambuco e reúne mais de 700 trabalhadores (as) em educação de todos os países da América Latina,
A Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), entidade internacional responsável pelos debates e lutas em relação à educação, reúne mais de 700 trabalhadores em educação de todos os países da América Latina durante essa semana, de 17 a 22 de setembro, em Pernambuco, com o intuito de realizar atividades que visam fortalecer o Movimento Pedagógico Latino-Americano.
Reunião Regional da Rede de Trabalhadoras da IEAL
As atividades iniciaram na manhã desta terça-feira (17), com a Reunião Regional da Rede de Trabalhadoras da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL). Em pauta o fortalecimento das políticas públicas e a ampliação do direito das mulheres em toda a América Latina. Essa etapa acontece até quarta-feira (18).
A Rede de Mulheres Trabalhadores em Educação da América Latina é uma iniciativa da IE – Internacional da Educação que, irmanada com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e demais entidades afiliadas, trabalha pela igualdade de oportunidades com a perspectiva de gênero a partir da ação sindical dos professores na América Latina.
A Reunião Regional da Rede de Mulheres Trabalhadores em Educação da América Latina homenageia a companheira de luta da FETE-Espanha, Carmen Vieites, por todo o seu trabalho e dedicação à construção e o fortalecimento da Rede.
Segundo Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano
Já na quinta-feira (19), dia do aniversário do educador Paulo Freire, que é Pernambucano e o principal homenageado da IEAL nos eventos, começa o Segundo Encontro do Movimento Pedagógico Latino-Americano: Rumo a um movimento latino- americano de ensino, como parte da IX Conferência Regional da Internacional da Educação para a América Latina.
Para Hugo Yasky, presidente da Comissão Regional de Educação Internacional da América Latina, este encontro vai ser muito bem sucedido. “Vamos dar um passo qualitativo no movimento sindical, através destes importantes debates, sem dúvida vamos encontrar alternativas para gerar políticas públicas de educação para cada país, com o intuito de avançar rumo a qualidade da educação latino americana “, disse Yasky .
De acordo com Fátima Silva, vice-presidenta da IEAL e secretária de relações internacionais da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), o principal objetivo das atividades é consolidar o movimento, que tem uma grande importância, pois será nesse momento que os sindicatos da educação da América Latina serão protagonistas de uma proposta pedagógica conjunta. “É a primeira vez que temos no continente uma unidade de ações no campo pedagógico a serem negociadas com os governos de cada país e os governos locais, por isso o momento é de extremamente importante, já que estamos nos reunindo para debater pautas coletivas, criando um ambiente uno, nos mobilizando e nos fortalecendo internacionalmente”, afirma.
Palestrantes
Além da plenária e de trabalhos em grupo os participantes poderão contar com palestrantes como Carlos Augusto Abicalil , assessor do governo brasileiro no Congresso, ex-presidente da CNTE, já participou do quadro do Ministério da Educação e foi deputado federal; Emir Sader, sociólogo e analista internacional; Roberto Iván Aguilar, ministro da educação da Bolívia e Adriana Victoria Puiggrós, presidente da Comissão de Educação no Congresso Argentino.
Homenagem
Dentro da programação do evento, acontecerá também o VIII Colóquio Internacional Paulo Freire, no dia 19, quinta-feira, na Universidade Federal de Pernambuco, às 15h, no Lago do Cavouco, localizado entre o CCSA e Centro de Educação. O educador pernambucano, autor da pedagogia do oprimido, defendia, entre outros pontos, que o objetivo da escola era ensinar o aluno a “ler o mundo” para transformá-lo.
A homenagem contará com a inauguração de uma escultura de Paulo Freire feita pelo artista Abelardo da Hora, que terá também um ato político e shows de frevo, maracatu e do grupo Quinteto Violado.
“Nós escolhemos Paulo Freire como patrono e referência para o movimento porque ele é reconhecido no mundo todo. 19 de setembro é o marco do movimento pedagógico por ser o dia do aniversário de nascimento dele e nós queremos deixar nessa cidade, para as futuras gerações, na universidade pública em que ele estudou e começou a trabalhar, um marco no sentido de dizer que os educadores da América Latina estiveram aqui fazendo o reconhecimento para esse grande educador que tanto contribuiu para a educação no mundo”, afirma Fátima Silva.
(FETEMS)

 

IX Conferência Regional Internacional - 1   IX Conferência Regional Internacional - 2 IX Conferência Regional Internacional - 3    IX Conferência Regional Internacional - 4  IX Conferência Regional Internacional - 5   IX Conferência Regional Internacional - 6   IX Conferência Regional Internacional - 7   IX Conferência Regional Internacional - 8

Você pode gostar de ler também: