Com o objetivo de institucionalizar atividades voltadas ao empoderamento da servidora da Ufba, foi lançado, na segunda-feira (10), o GT de Mulheres da Assufba. O evento aconteceu no auditório do Instituto de Saúde Coletiva (ISC) e teve a deputada federal Alice Portugal (PCdoB) como debatedora. O lançamento do grupo contou com a presença de mulheres tradicionalmente engajadas na luta pela emancipação feminina, como a vice-coordenadora da APLB-Sindicato, Marilene Betros, a deputada federal Alice Portugal, a defensora pública Firmiane Venâncio Carmo Souza e as sindicalistas Rosa de Souza (CTB) e Eliete Gonçalves (Assufba). A coordenadora de Comunicação da Assufba, Cássia Maciel, conduziu os trabalhos e esclareceu que o GT atuará sob o tripé “organização, conquista de empoderamento e enfrentamento da violência contra a mulher”.
A professora e dirigente sindical Marilene Betros criticou a invisibilidade das mulheres nos sindicatos e criticou o “mito da rivalidade feminina” reforçando a necessidade de se incluir o tema da emancipação feminina no currículo escolar. “No mundo moderno, a mulher vem desempenhando um importante papel no crescimento da população economicamente ativa. Há uma constante busca para especializar-se através dos estudos e da qualificação profissional. Com mais de 11 anos de estudo, as mulheres são maioria da População Economicamente Ativa (PEA), mas ainda acumulam funções, pois além de terem a responsabilidade do mundo do trabalho, ainda é forte a responsabilidade de ser a cuidadora, a que realiza as tarefas tradicionais, como a de ser mãe, esposa e dona de casa, submetendo-se assim a uma dupla jornada de trabalho, enquanto os homens tentam se firmar no seu papel de apenas ser o provedor”, ressaltou Marilene.
Em sua explanação, Alice Portugal remontou aos primórdios da dominação do homem pela mulher e ressaltou que a submissão da mulher deve ser desconstruída culturalmente. “Na família, ensinando-se que meninos e meninas podem a mesma coisa e devem ser educados de maneira não diferenciada e orientados para a cultura da paz. Na escola, no sentido de orientar o educador para que ele garanta uma educação não diferenciada. Se tem menino médico, também tem menina médica; se tem menino engenheiro, também tem menina engenheira”, argumentou.
Para Firmiane Venâncio, iniciativas como a do GT da Assufba são “fundamentais” para se reverter a vitimização crescente de mulheres. “São esses espaços de empoderamento das mulheres que vão nos fazer avançar. Fazem parecer que a política é um espaço estranho às mulheres, mas nós respiramos política e é na política que as coisas se resolvem’, disse. Já Eliete Gonçalves rechaçou a suposta fragilidade feminina, que, para ela, opera como mais um instrumento de manutenção da submissão da mulher. “Nos não somos frágeis. Gostamos de rosas, mas somos fortes”, frisou.
Vice-presidente da CTB-BA, Rosa de Souza falou sobre a estratificação sexista da ocupação dos espaços de poder, onde a mulher está sempre em desvantagem, e conclamou a plateia a participar da Marcha das Mulheres, que acontecerá no próximo dia 17, em Salvador. “Será uma caminhada representativa, num ano de eleições, por mais mulheres nos espaços de poder”, afirmou a sindicalista.
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