Em reunião no Ministério Público, APLB destaca queda em investimento da prefeitura na EJA de Salvador
Nesta segunda-feira (06/11) a Comissão da Educação de Jovens e Adultos do Ministério Público (CODEJA), integrada por entidades como a APLB-Sindicato, se reuniu com o promotor de Justiça, Valmiro Macêdo, a subsecretária de Educação de Salvador, Isabela Loureiro e a coordenadora da EJA na capital, Agda Cruz, para discutir o plano da prefeitura para implementação do Termo de Ajuste de Conduta (TAC-EJA). No próximo dia 21, a APLB realiza uma plenária para debater os desafios da EJA na capital e todo o estado.
“Escutamos a apresentação da Secretaria Municipal de Educação (SMED) e a APLB fez algumas pontuações, destacando a importância do diálogo com as escolas da rede municipal, professores(as), coordenadores(as), gestores(as) e alunos(as) durante a implementação do TAC da EJA. Falamos também da necessidade de maior financiamento dentro da LOA (Lei Orçamentária Anual). Foi identificado que em 2024 a verba para a EJA será de R$7,9 milhões. Ano passado tivemos R$ 9 mi. Consideramos a queda preocupante. A modalidade ao invés de ganhar recursos, perde. Além disso, queremos saber como foram os gastos os 9 milhões”, disse Arielma Galvão, diretora da APLB.
Ela destacou ainda que o sindicato defende uma política de alfabetização para além da profissionalizante. “No orçamento de Salvador, o investimento da prefeitura na EJA é apenas com foco profissionalizante, isso está destacado na LOA. Não somos contra a qualificação profissional, mas ela não pode ser colocada à frente da política de alfabetização. A prioridade é alfabetizar. Queremos uma resposta do prefeito. Segundo pesquisas, temos quase 80 mil analfabetos funcionais na capital”, pontuou Arielma.
Como encaminhamento, o MP deu um prazo de 20 dias para a SMED enviar o plano de ação atualizado e designou a CODEJA para acompanhar/monitorar a implementação do TAC.