Em Nova Viçosa, trabalhadores em educação entram em greve por tempo indeterminado
Em Assembleia Geral Extraordinária no dia 12 de abril de 2014, a categoria decidiu pela greve a partir do dia 05 de maio, entrando assim em ESTADO DE GREVE, para que a administração municipal tivesse tempo para reconsiderar e convidar a diretoria para negociar a pauta de reivindicações. Nada sendo acordado ou agendado pela representação da administração, foi então convocada uma reunião dos trabalhadores da Educação (professores e pessoal de apoio) pelo presidente da Câmara de Vereadores, Rogério Benjamin, informalmente e sem pauta.
Nesta reunião, onde se fizeram presentes também trabalhadores, a coordenadora da Aplb-Sindicato da Delegacia de Teixeira de Freitas, Francisca Brasília Marques, o advogado da Aplb Nova Viçosa, Dr. Hilther Oliveira Medeiros, a diretoria do núcleo, o prefeito, o procurador da prefeitura e sua equipe, a secretária de Educação e sua equipe e ainda alguns vereadores, onde foi acordado outra reunião para dia 05 de maio, mas mantendo o estado de greve.
Nesta reunião do dia 05, sem vereadores, também se fez presente o técnico em Planos de Carreira da Aplb, Joel Câmara, porém não se chegou a absolutamente nenhum avanço para evitar a greve, nem propostas por parte da administração e nem foi aceita a reivindicação dos professores, a qual inicialmente seria o ajuste salarial de 8,32% concedido pelo MEC a partir de janeiro de 2014 (o valor que é reajustado anualmente, como determina a Lei do Piso (Lei 11.738/2008).
Assim, como não houve consenso, em Assembleia Geral Extraordinária realizada dia 06 de maio, a categoria, em unanimidade, decidiu pela greve por tempo indeterminado, saindo às ruas para se manifestar, pois de acordo com Salete Lieven, no município ainda predomina o coronelismo, o autoritarismo e a classe, cansada de tantos desmandos e indignada com o descaso com a Educação, foi às ruas reivindicar seus direitos, com apitos, faixas, cartazes, vuvuzelas e informando a comunidade sobre a pauta de reivindicações.
A APLB- Sindicato nasceu em 1990 e tem cerca de 65 mil filiados em todo estado da Bahia. Este núcleo da Aplb nasceu em setembro de 2013, pela vontade da categoria. Desde lá, vem tentando que a prefeitura o reconheça como representante da classe, através de vários ofícios e documentos enviados ao setor de competência. Quanto aos ofícios enviados ao prefeito Marvio Lavor Mendes, solicitando reunião para discutir as reivindicações da classe, nunca se obteve resposta.
“Percebemos que contamos com o apoio da comunidade, a qual é testemunha dos desmandos e reconhece que nada está sendo feito para mudar essa realidade”, afirma Salete Lieven coordenadora-geral.