“É oportunismo e nós não iremos permitir”, diz Rui Oliveira sobre anúncio do Governo Bolsonaro de mudar o Programa Bolsa Família e usar os recursos do Novo FUNDEB para o seu financiamento
A segunda-feira (28/09) registrou mais um absurdo do Governo Bolsonaro, agora advindo de sua equipe econômica capitaneada pelo ministro banqueiro Paulo Guedes, responsável pela economia do país. Em mais uma demonstração de estelionato político, tão comuns a esse (des)governo, a coletiva de imprensa com o próprio Ministro Guedes e com o senador Márcio Bittar (MDB/AC), relator da PEC Emergencial, foi uma aula de como se apropriar de um programa exitoso, como o foi o Programa Bolsa Família, e apenas mudar o seu nome para tentar capitalizar politicamente. Para piorar de forma definitiva o que parecia não ser possível deixar pior, a equipe econômica de Bolsonaro, em articulação com o senador, anunciou que o novo Programa, chamado de Renda Cidadã, usará ainda 5% de recursos novos vindo do Novo FUNDEB.
Para a APLB-Sindicato esse é mais um ataque daqueles que já se mostraram outras vezes como inimigos da Educação. Para o coordenador-geral Rui Oliveira só a união dos trabalhadores poderá impedir mais essa tentativa vil de ataques contra os trabalhadores em Educação. O coordenador-geral da APLB, professor Rui Oliveira, lembra que o Governo Bolsonaro tentou passar isso na aprovação do FUNDEB, mas a Câmara dos Deputados e o Senado Federal rejeitaram. “É oportunismo querer fazer assistência social com o dinheiro da Educação e nós não iremos permitir. Os recursos do FUNDEB são da Educação!”, dispara Rui.
CNTE
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, diz que “Trata-se de um ataque aos recursos da educação pública de nosso país e, não nos iludamos, é um revide à derrota do Governo Bolsonaro à aprovação do Novo FUNDEB no Congresso Nacional, que comprometeu a União a realizar um aporte maior de recursos ao novo Fundo. Os neoliberais da atual equipe econômica deste governo não suportam sequer ouvir maior investimento público nas áreas sociais. A eles, que representam e defendem os interesses do mercado financeiro nacional e internacional, só interessam aplicar corte e mais cortes nessas áreas para, assim, transferir mais recursos aos setores privados”.
A CNTE, como representante dos/as trabalhadores/as em educação de nível básico do setor público brasileiro, bem como o conjunto do setor educacional deste país, que lutamos bravamente pela aprovação do Novo FUNDEB no Congresso Nacional, não admitiremos essa manobra vil do Governo Bolsonaro. Esse ardil tentado agora pelo governo e seus porta-vozes no Congresso Nacional será derrotado mais uma vez!
A sociedade brasileira está farta de tantos ataques recorrentes deste Governo Bolsonaro aos interesses do povo! É um governo da destruição! A essa turma, que ainda há de ser julgada política e criminalmente dos atentados contra os interesses nacionais, por eles praticados de forma tão acintosa e reiterada, a História não será condescendente! O setor educacional brasileiro reagirá a mais esse ataque de Bolsonaro e sua equipe! Não permitiremos o esvaziamento orçamentário e financeiro do Novo FUNDEB! Pela regulamentação urgente do Novo FUNDEB! Sem maquinações e estratégias rasteiras, preservaremos mais esse direito que, como tantos outros, vive sob constantes ataques.
Brasília, 28 de setembro de 2020
APLB-Sindicato / Direção Executiva da CNTE