Dia do Professor: em Feira de Santana profissionais participaram de café da manhã
Durante o encontro, o coordenador-geral da APLB-Sindicato frisou a existência de bons e péssimos estudantes, associando o prefeito José Ronaldo ao segundo perfil
Em comemoração ao Dia do Professor, a APLB Feira realizou na manhã de quinta-feira (15), no Espaço Kilogrill, em Feira de Santana, um café de confraternização com os profissionais em educação. No encontro, além dos professores e diretores da APLB Feira, estiveram presentes o professor Marcos Barreto , diretor da APLB-Sindicato em Salvador, e o coordenador-geral da entidade, professor Rui Oliveira.
Para a líder sindical em Feira de Santana, professora Marlede Oliveira, enquanto alguns profissionais são valorizados, outros precisam batalhar em prol de benfeitorias para a classe.
“Primeiro, quero desejar os parabéns a esses profissionais que trabalham principalmente com estudantes das séries iniciais. Às vezes a gente reclama muito de nossa situação – professores da rede estadual – e temos que avançar muito. É necessário fazermos algumas comparações, por exemplo, professores da rede estadual têm regência de classe de 31 %, enquanto os docentes da rede municipal não têm. Da mesma forma, os professores da rede estadual têm mais um direito assegurado, que é a reserva de 1/3 da carga horária e os colegas da rede municipal em Feira de Santana ainda não têm. Estamos há quase oito anos tentando esse pleito com o município e o professor precisa dessa reserva de tempo para o planejamento e desenvolvimento de outras atividades para uma educação de qualidade”, destacou Marlede Oliveira.
“Se o prefeito de Feira de Santana não assegurar a reserva da carga horária, não vamos iniciar o ano letivo de 2016. Nossa entidade tem como papel a busca pela valorização dos profissionais e estamos aqui para isto”, completou a sindicalista.
O presidente da APLB, professor Rui Oliveira, destacou a contribuição da entidade em Feira de Santana para a valorização da categoria.
“A elite quer colocar que nós [professores] somos pobres coitados e nós somos profissionais em educação e queremos respeito e dignidade. Acho que a APLB Feira tem contribuído com isso quando convida a categoria e ela vem em peso tomar um café da manhã e atualizar a essa relação”, afirmou o coordenador.
Ainda, para ele, os professores têm papel crucial na formação dos indivíduos. “Nós [professores] temos um papel fundamental na vida dos indivíduos. Um jornalista, por exemplo, para chegar onde chegou, precisou da orientação de professores que contribuíram para a formação profissional dele”, destacou Rui Oliveira.
“Como nós temos bons estudantes, também temos os péssimos e esses prefeitos e governadores foram péssimos estudantes. José Ronaldo infelizmente não aprendeu a nossa lição que é respeitar os trabalhadores e trabalhadoras em educação. Então, teremos que puxar a orelha dele e fazer “segunda chamada” porque ele não aprendeu a lição e, se não aprender dessa forma, aprenderá com a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras em educação. É uma vergonha uma lei de 2008 (de reserva da carga horária) ainda não ser aplicada em 2015 em Feira de Santana”, finalizou Rui Oliveira.
Os profissionais em educação confraternizaram ainda, ao som de Tecinho Leur, que embalou a manhã com canções da MPB e sertanejo. Ao final do encontro, foram sorteados brindes doados por parceiros, além dos prêmios cedidos pela própria APLB Feira.
