CRISÓPOLIS – NENHUM DIREITO A MENOS!
Na última segunda-feira (16/05), as/os trabalhadoras/es em educação do município de Crisópolis realizaram paralisação da Rede de Ensino, com mobilização em defesa do piso do magistério, do reajuste das tabelas salariais de servidores não docentes e da carreira profissional da educação municipal.
Os atos haviam sido deliberados pela Assembleia da categoria em 5 de maio – após tentativas de negociação da APLB-Sindicato com a Gestão Municipal – devido à atitude arbitrária do prefeito Leandro Dantas, que descumpriu a lei ao realizar o reajuste salarial dos profissionais da educação em percentual abaixo do estabelecido nacionalmente como piso do magistério – 33,24%.
Em tais tentativas de negociação, a APLB formulara propostas que comprovou serem viáveis, conforme análise contábil do recurso da educação, para consolidação do referido piso.
Entretanto, apesar da expressa e reiterada manifestação de insatisfação da categoria quanto à possibilidade de reajuste salarial abaixo do piso nacional, no dia 18 de abril do corrente ano o prefeito encaminhou à Câmara Municipal projeto de lei com pedido de tramitação em regime de urgência, estabelecendo reajuste de 16,62% para o magistério.
Sob protestos dos profissionais presentes, sem que houvesse atendido à solicitação da Diretoria da APLB de que um projeto tão controverso não fosse votado sem prévia discussão na própria Casa Legislativa e sem que fosse oportunizada a escuta à categoria para esclarecimentos pertinentes, o presidente da Câmara Ednaldo Moreira atendeu ao pedido do prefeito e pautou o PL, que foi aprovado por 06 dos vereadores do Município nessa mesma data.
Diante do exposto, na Assembleia referida, por unanimidade os profissionais presentes aprovaram uma “Carta Aberta”, a fim de esclarecer à sociedade crisopolense como ocorrera o processo de reajuste salarial do magistério neste ano de 2022, bem como deliberaram a solicitação da leitura dessa “Carta” pela Câmara de Vereadores na Sessão do dia 16/05, e a presença da categoria na Casa para acompanhamento do ato.
“A forma como foi concedido esse reajuste achata a carreira dos profissionais do magistério, ao igualar o salário-base de profissionais que possuem o nível superior ao vencimento inicial daqueles que possuem formação em nível médio”, esclarece Paula Brito, Coordenadora do Núcleo de Crisópolis da APLB-Sindicato. “O piso do magistério municipal não estava acima do valor nacional referente a 2020/2021, por isso, o índice de reajuste para 2022 não pode ser abaixo do definido nacionalmente. Desconsiderar isso é uma afronta à carreira desses profissionais, e consequentemente à carreira dos demais profissionais do Município”, afirma.
As/os trabalhadoras/es em educação de Crisópolis continuam dizendo NÃO a qualquer forma de reajuste salarial que se contraponha aos preceitos legais.
Assim, como parte dos atos de mobilização do último dia 16, após panfletarem a “Carta Aberta” pelas ruas da cidade, se fizeram presentes em grande número na Sessão da Câmara de Vereadores, em um ato cívico como jamais antes visto na Casa Legislativa.
Crisópolis-BA, 20 de maio de 2022
APLB-Sindicato
Núcleo de Crisópolis
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