Comunidade da Escola da Fonte Nova preocupada com 2008

Os alunos, funcionários e professores da Escola da Fonte Nova, desalojados graças à interdição do Estádio Otávio Mangabeira, após o desabamento de um degrau da arquibancada, que provocou a morte de sete pessoas no dia 25 de novembro, estão preocupados com o próximo ano, vez que a escola pode deixar de existir por conta da implosão ou demolição do estádio, prevista para o início de 2008.

A escola está funcionando provisoriamente num dos pavilhões de aulas do ICEIA, localizado no Barbalho. De acordo com a Secretaria de Educação, a mudança teve de ser feita o mais rápido possível para não prejudicar o ano letivo. As perspectivas para o próximo ano, no entanto, ainda não foram apresentadas pela SEC, que recebeu a APLB-Sindicato e uma comissão da escola, no último dia 4 de novembro, para tratar da questão.

Na reunião com a SUPEC, superintendência responsável pelo reordenamento da rede pública, o sindicato e os professores se posicionaram contra qualquer possibilidade de fechamento da instituição e pediram uma atenção especial por parte da SEC e do governador Jaques Wagner para garantir o pleno funcionamento da escola no ano de 2008.

A professora Luiza Bride, que marcou presença na reunião, disse que seria um prejuízo muito grande para a comunidade escolar o fechamento da unidade de ensino. “A escola trabalha com projetos. Temos uma equipe comprometida com o ensino. Essa família não pode desaparecer, seria muito ruim para alunos, pais e mestres. A Escola da Fonte Nova não pode morrer”, desabafou. A escola conta com  600 alunos e atende da 5ª série do ensino fundamental ao 3º ano do ensino médio.

Representantes da SUPEC informaram que concluirão até o dia 15 de dezembro uma séria de visitas para avaliar a condição de diversas escolas estaduais da capital. Cléber Vicente de Queiroz Santana, coordenador de reordenamento da rede física, disse que a Secretaria de Educação cuidará deste assunto de forma prioritária. “Temos algumas prioridades. A situação da Escola da Fonte Nova é uma delas. Concluídas nossas visitas às escolas, estudaremos uma saída que garanta o funcionamento da Fonte Nova em 2008. Possivelmente teremos que dividir uma grande escola com funcionamento ocioso, em duas”, conclui.

Uma nova reunião foi marcada para o dia 5 de janeiro, às 14 horas, no prédio da SEC.

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