CNTE exige saída do ministro Milton Ribeiro após o escândalo que envolve o gabinete paralelo
Com as denúncias de improbidade administrativa e tráfico de influência envolvendo o ministro da educação, Milton Ribeiro, movimentos em defesa da educação aumentaram a pressão pela saída do representante da pasta, que já vinha fazendo uma gestão ruim no MEC.
De acordo com o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo, o fato de o ministro utilizar o espaço público para o governo paralelo – e trazê-lo para dentro do Ministério da Educação – configura crimes contra o povo brasileiro e contra a constituição.
“Então ele não deve somente deixar o cargo. Milton Ribeiro deve sair do MEC preso, já que ele é um criminoso”, argumentou Heleno em entrevista para a TVT, na noite dessa quinta-feira (24).
Desde que assumiu o Ministério da Educação, em julho de 2020, Milton Ribeiro coleciona desastres. Declarou que há crianças com deficiência de impossível convivência e que as universidades deveriam ser para poucos.
O episódio da interferência no Enem resultou na demandada de servidores do Inep. Além disso, ajudou a promover o desmonte do sistema de bolsas para pesquisa.
Mobilização nas ruas
A partir das denúncias, iniciativas da Câmara e do Senado cobram providências contra o gabinete paralelo do MEC. Além disso, mobilizações nas ruas devem pressionar pela saída de Milton Ribeiro do cargo.
Para Heleno Araújo, é importante a iniciativa dos parlamentares e exigir apuração. “E nós temos que ocupar as ruas nesse 9 de abril para fazer pressão. Além de combater o aumento do preço do combustível e do gás de cozinha, e também combater a fome e o desemprego, nós da educação vamos agregar. Esse crime cometido dentro do Ministério da Educação é um crime contra a educação brasileira”, concluiu.