Capim Grosso: expectativa de dificuldades
A PONTE SALVADORA SE TORNOU INGOVERNÁVEL
Iremos iniciar mais um ano letivo na Rede Municipal em Capim Grosso. Porém várias interrogações surgem em nossas mentes. Será que teremos mais um ano letivo de dificuldades? Será que encontraremos nossos alunos com bom desempenho ou baixo desempenho?Será que as escolas estão adequadas para receber nossos alunos? Será que estamos preocupados só com o salário no fim do mês? Essa última merece uma reflexão, já que nosso IDEB continua baixo. Os índices apontam que os alunos estão com dificuldades na leitura, escrita e interpretação, contando ainda, com a evasão escolar. Esses dados nos revelam que o problema não está no salário que recebemos, mas, sim, no compromisso do professor em fazer com que os alunos aprendam e tenham prazer em assistirem as aulas.
A educação está em ruínas, mais em ruínas do que nunca. Alunos não estão aprendendo, e, segundo informações do INEP o número de aluno diminui em 2010 conseqüentemente os recursos irão diminuir em 2011. Mais quem olhará para Educação em Capim Grosso? Quando há reforma, não há carteira suficiente, não há telhado confiável. Quando há tudo isso, há funcionário insatisfeito com o salário. Quando há professor suficiente, há um Plano de Carreira que não corresponde com a realidade do município, deixando gestores em maus lençóis.
O início de 2010 foi bastante conturbado. O grito era: a Educação em Capim Grosso está em ruína! Mais, o que mudou? um mísero aumento no salário. Alguns acordos políticos. Pode ser que sim. Porém a educação em Capim Grosso continua em ruínas e tende a piorar. Para fazermos uma reflexão deixo aqui algumas perguntas. E agora?Que a gestão atual não conseguiu cumprir o Plano de Carreira na integra, e, muitos profissionais estão insatisfeitos. Teremos outra greve?Não iniciaremos as aulas? Faremos motim nas portas das escolas? Impediremos nossas crianças de assistirem as aulas?Faremos manifestações em frente à Secretaria de Educação tentando desestabilizar as atividades da Secretária e sua equipe? Iremos ter oportunidade de ir à rádio para impor nossas condições a gestora ? Será que deveremos acionar o MP? Ou seremos solidários a administração e cumpriremos nosso dever, iniciando o ano letivo, proporcionando aos alunos o direito de ir e vim à escola. Afinal educação se faz com todos. E a ponte salvadora, se tornou ingovernável (Plano de Carreira).
Texto: Rosana Claudia
Blog: www.rosanaclaudi.blogspot.com
LEIA O TEXTO ABAIXO E FAÇA VOCÊ MESMO UMA REFLEXÃO SOBRE OS FATOS.
SERVIDORES DA EDUCAÇÃO DE CAPIM GROSSO DECIDEM POR PARALISAÇÃO
A decisão foi tomada na tarde desta terça-feira (23), no salão da Paróquia na praça Oliveira, em meio a mais uma Assembléia extraordinária da APLB/Sindicato, que tem como presidente a professora Adenildes Novaes. Estiveram participando da assembléia 56 servidores que decidiram pela paralisação, impedindo assim o início do ano letivo.
No documento, que será entregue ao prefeito em exercício João Dias e a Séc. de Educação a professora Rosana, consta a pauta de reivindicação da categoria. Confira:
1 – Pagamento do piso salarial profissional nacional de acordo com a lei nº 11.738 que regulamentou o piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica;
2 – Mudança de nível, tendo como resultado a valorização de todos os profissionais isso de acordo a lei de nº 9.344/96 ar 61 – LDB;
3 – Encaminhar ao poder legislativo o estatuto do magistério e o plano de cargos e salário da cate goria;
4 – Reajuste salarial dos funcionários, ou seja: secretários, merendeiras e zeladoras, estimando o percentual de reajuste em 12%;
5 – Liberação de dois dias dos diretores da APLB/SINDICATO delegacia Capimgrossense, para cuidar do interesse da categoria;
6 – Pagamento das perdas salariais acumulados nos meses anteriores dos exercícios financeiros de 2009 e 2010;
7 – Pagamento do 1/3 de férias para os professores, coordenadores, secretários, zeladoras e merendeiras;
8 – Pagamento da diferença salarial do 13º salário referentes aos anos de 2008 e 2009;
Na assembléia da categoria ficou decidido ainda a formação de duas comissões, as quais tratarão das negociações em pauta e do processo que pede pela paralisação.
COMISÃO DE NEGOCIAÇÃO:
Adenildes Novaes dos Santos, Fabiana Martins de Oliveira, João Batista Nascimento de Carvalho, Iraildes Ana dos Santos, Vânia Souza da Cruz, Vânia Souza da Costa, Maria do Socorro Lima da Silva, Josefa Cremilda Alves Santana, Ivaneide Almeida Silva, Ivaney Gomes da Silva, Antonio Aguinaldo Santos Ferrary, Gardênia Camacan da Silva e Juscilande Araújo Rios Guimarães.
COMISSÃO ORGANIZADORA DA PARALISAÇÃO:
Emanuela Rios, Loide, Lourival, Edivânia, Eliana, Raquel, Marilene, Girleide e Selma.
Os professores participarão normalmente da semana Pedagógica a ser realizada nos dias 24, 25 e 26 de Fevereiro no Centro Social do Bairro Sacramento, mas quanto ao início das aulas, segundo o que ficou decidido na assembléia, vai depender da sensibilidade do município, hoje representado na pessoa do vice-prefeito João Dias, prefeito em exercício até o dia 15 de Março.
A categoria prepara faixas e outras manifestações com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para as pendências ora destacadas e para a omissão do município em não atendê-las, assim relata alg uns educadores, que comunicaram ainda que vão estar na Câmara de Vereadores buscando apoio daqueles que tem o dever de zelar pelo bem estar do município, a começar pela educação.
A categoria voltou com mais disposição e garante que nessa luta vencerá os que estão verdadeiramente comprometidos com o futuro do município.
Texto: Arnaldo Silva.