Caderneta Digital: Confira o resultado da pesquisa e as orientações da APLB-Sindicato

Caderneta Digital: Confira o resultado da pesquisa e as orientações da APLB-Sindicato

A APLB-Sindicato realizou uma pesquisa, através do seu departamento de Educação, sobre a caderneta digital implementada pela SEC na rede de ensino do estado da Bahia. A consulta à categoria foi realizada entre os dias 27 e 31 de maio deste ano. Foram 1.507 mil respostas de educadores de todos os Núcleos Territoriais de Educação, conforme o gráfico abaixo:

A pesquisa revela que os/as professores/as não são contra o instrumento. Os dados mostram que 60,4% dos educadores da rede têm se esforçado para fazer uso da caderneta digital.

Entretanto, os/as professores/as revelam que quase 90% da rede, um número muito representativo, está tendo dificuldades para preencher a caderneta digital.

Os/as professores/as apontam as principais dificuldades, sendo as três principais demonstradas no gráfico, a saber:

  • Não conseguem preencher por falta de internet;
  • Não há o instrumento para preenchimento;
  • Necessidade de formação.

Vale registrar que há outras dificuldades apontadas para além das três destacadas, entre elas, problemas com a matrícula, turmas que não aparecem no sistema, o sistema expira a todo o momento, entre outras. Quando os professores/as fazem contato com o suporte técnico não têm retorno. Os gráficos a seguir mostram a porcentagem da rede que já tentou contato com o suporte, e de quem tentou se houve ou não retorno.

Dos 31% que fizeram contato com o suporte técnico, apenas 21% tiveram retorno.

A APLB usou o instrumento do google formulários para escutar a rede, os/as educadores/as que estão no dia a dia da escola. O resultado da pesquisa mostra que os/as professores/as têm feito um esforço para preencher a caderneta digital, mas não têm garantidas as condições de trabalho necessárias para o preenchimento do instrumento. É expressivo o número de 87% com dificuldades de preenchimento da caderneta digital, por fatores diversos, elencados na pesquisa.

A APLB desde janeiro deste ano dialoga com a SEC sobre a necessidade de garantir os instrumentos necessários, bem como as condições apropriadas para os/as educadores/as fazerem os registros na caderneta digital. Enviou ofícios, registrou em reunião. Porém, tem chegado à APLB mais reclamações por falta de retorno da SEC do que sinais de atendimento às demandas dos/as professores/as.

Solicitamos também um tempo de transição entre a caderneta física e a digital. Que não fosse de forma abrupta, nem imposta de cima para baixo, sem exercitar o instrumento e sem formação necessária. Os professores/as sinalizam que uma live feita sobre o tema não foi suficiente para sanar as dúvidas e resolver as questões.

 

Diante do cenário apresentado, a posição da APLB se fortalece e orienta à categoria no seguinte sentido:

  • Se não há as condições de trabalho necessárias para preencher a caderneta digital, o professor/a não fará o preenchimento;

 

  • O professor/a não deve fazer o registro em dois instrumentos, caderneta física e digital, não deve fazer o mesmo trabalho duas vezes. Ou uma ou outra;

 

  • O professor/a deve registrar em ata das ACs todas as formas que tem tentado preencher a caderneta digital, incluindo contatos ao suporte técnico, sem retorno, não deixando de assinar essas atas;

 

  • Não é função da coordenação pedagógica preencher a caderneta digital.

 

Reiteramos que a APLB-Sindicato não é contra os avanços tecnológicos, mas estes não podem contribuir para a precarização do trabalho docente. Não vamos aceitar pressão para que os/as professores/as façam um trabalho sem a devida estrutura garantida.

Como encaminhamento, a APLB Sindicato enviou à SEC, fortalecendo o pleito da categoria sobre a caderneta digital e apresentando esta pesquisa, com anexo em tabela do Excel sobre demais dificuldades apresentadas pelos professores/as. Além disso, trataremos em reunião novamente, fortalecendo a voz da categoria e dizendo: Não à precarização do trabalho docente!

 

APLB-Sindicato

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