Assembleia aprova pauta de reivindicações e APLB inicia Campanha Salarial 2017 com uma luta coletiva e organizada
Uma categoria extremamente combativa. Mesmo com o grande volume de chuva que caiu na cidade de Salvador, inclusive com diversos pontos alagados, os trabalhadores em educação da rede municipal de ensino lotaram o Ginásio dos Bancários, na manhã desta quinta-feira (30), e aprovaram em assembleia a Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial de 2017. A APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia inicia a Campanha Salarial de 2017 da Rede Municipal com uma luta coletiva e organizada com a categoria.
A assembleia foi antecedida pela reunião de representantes, realizada na quarta-feira (29), na qual a pauta foi apresentada pela direção e construída para ser apresentada na assembleia. Originalmente a Pauta de Reivindicações continha doze pontos, mas na assembleia alguns itens foram unificados. O primeiro item, sobre o reajuste salarial, reivindica a concessão de reajuste salarial linear no percentual de 19% (dezenove por cento) para todos os trabalhadores em educação (professores, coordenadores pedagógicos, funcionários). A presente proposta baseia-se na soma do percentual de reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), referente a 2016 (11,36%) e 2017 (7,64%). A direção da APLB-Sindicato encaminhará a Pauta com as devidas contribuições para o Executivo Municipal.
Foi discutido e aprovado também o calendário de reposição de aulas para os professores e coordenadores da rede, referente à greve nacional, realizada de 15 a 24 de março, e a paralisação nacional do dia 31 de março, bem como a agenda de luta dos trabalhadores contra as medidas regressivas de Temer e seus aliados. Foi distribuído um informativo com os telefones e e-mails dos deputados para que a categoria envie mensagens e convoque os parlamentares para que votem contra a Reforma da Previdência.
A diretora Elza Melo chamou a atenção para a necessidade da participação e adesão da categoria na luta contra as reformas impostas pelo Governo Temer, como a trabalhista, da Previdência e Terceirização. Elza convocou a categoria para a Mobilização Nacional com paralisação nesta sexta-feira (31). A concentração será no Campo da Pólvora, às 9h, quando em seguida todos seguirão em caminhada até o Forte do Barbalho. Este ato é preparatório para a Greve Geral no dia 28 de abril. A vice-coordenadora da APLB, Marilene Betros, fez uma explanação sobre os dez dias de greve e reafirmou que a luta não terminou dia 24, continua de forma individual (falando com os familiares, amigos, na comunidade escolar) e em conjunto com a categoria.
A vereadora Aladilce Souza (PCdoB) esteve presente na assembleia destacando a coragem dos educadores. Os vereadores Silvio Humberto (PSB) e Hilton Coelho (PSOL) também fizeram sua saudação.
Confira aqui a Pauta de Reivindicações 2017:
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Conforme aprovado na assembleia, a Pauta Específica da Campanha Salarial foi encaminhada no mesmo dia (30/03), para o prefeito ACM Neto, aos secretários de Educação e de Gestão, confira abaixo a cópia do documento recebido pela administração municipal.
[gview file=”https://aplbsindicato.org.br/wp-content/uploads/2017/03/Pauta-de-Reivindicação-dos-Trabalhadores-em-Educação-2017.pdf”]
Calendário de reposição de aulas e horas a ser cumprido pelos Professores e Coordenadores Pedagógicos
08 dias Greve Nacional + Paralisação dia 31/03
Abril – 08/22/29 –
Maio – 06/ 13/27 –
Junho – 03/10
Julho – 08
Veja aqui a cópia do documento entregue à SMED:
JORNADA DE LUTAS APROVADA EM ASSEMBLEIA:
A luta dos trabalhadores contra a agenda ultraliberal do ilegítimo Temer e seus aliados, em especial ACM Neto, é prioridade para os trabalhadores brasileiros, sobretudo aqueles que atuam na educação. É a resistência da classe trabalhadora às políticas que restringem direitos trabalhistas e sindicais e que tramitam no Congresso Nacional.
As campanhas salariais devem centrar fogo na luta contra os ataques aos direitos do povo e dos trabalhadores para não se perder aquilo que se conquistou.
POR ISSO, A FORÇA E A UNIDADE DA CATEGORIA SERÃO A MOLA MESTRA PARA O ÊXITO DA LUTA!
I – CONTRA OS PACOTES DA MALDADE DE TEMER:
- 31/03 – Dia Nacional de Mobilização, com paralisação, convocada pela frente Brasil popular, povo sem medo, centrais sindicais, sindicatos, rumo à greve geral;
- Concentração, as 09h no Campo da Pólvora com caminhada em direção ao Barbalho.
- 28 DE ABRIL, VAMOS PARAR O BRASIL!
O Fórum das Centrais Sindicais ( CTB – CUT – UGT – CGTB – Força Sindical – Intersindical – CSP-Conlutas – CSB), convoca o povo brasileiro a parar nesse dia contra o desmonte da previdência, da CLT e a terceirização irrestrita e generalizada que precariza e flexibiliza os direitos sociais e trabalhistas.
- VAMOS CONSTRUIR A GREVE!
- Intensificar as reuniões e debates nas escolas para tratar da reforma da previdência, trabalhista e a terceirização irrestrita;
- Intensificar as panfletagens nos bairros, nos terminais de ônibus, ferroviário, metrô com bandeiraço, caminhadas, carro de som;
- Circular carro de som em vários pontos da cidade convocando a população para a greve geral;
- Veiculação pela imprensa (Rádios, Jornais e Tvs), redes sociais, sites, boletins, cartas à população;
- Nas próximas eleições não vote nos parlamentares que apoiarem as reformas da previdência e trabalhista;
- Pressão sobre os parlamentares para que não votem na PEC 287/2016 e PL 6787/2016– Mensagens eletrônicas (e-mail, face, whatsApp), telefonemas, para os endereços dos deputados que pretendem votar a favor da reforma da previdência (ver relação dos Deputados Federais com os respectivos telefones e endereços eletrônicos);
- Realizar debate sobre a reforma da previdência e trabalhista;
- Encontro Ecumênico com lideranças de diversas religiões;
II – CAMPANHA SALARIAL:
- Encaminhar a Pauta de Reivindicações, dia 30/03;
- Cobrar do Executivo Municipal a instalação da Mesa Permanente de Negociação da Educação para dar início às negociações;
- Articular-se com os demais sindicatos;
- Reunião de Representantes de escola precedendo as assembleias;
- Eleição para representantes de escola, dia 20 de abril. O processo será todo coordenado pela APLB-Sindicato que publicará as orientações;
- Realizar debates, discussões com a categoria sobre as eleições para gestores;
- Realizar amplo debate com a categoria sobre o Padrão SMED.
III – ESCOLA SEM PARTIDO:
- Intensificar a coleta de assinaturas junto à comunidade escolar sobre a Escola Sem Partido. Prazo para a devolução das cartas à APLB-Sindicato: 20 de abril
- Cobrar do MP resposta sobre a representação feita pela APLB;
- Requerer espaço na Tribuna de Debates na Câmara de Vereadores para tratar do tema;
- Cobrar a marcação de audiência junto ao presidente da Câmara, já solicitada pela APLB;
- Aprovado a moção de repudio às declarações do vereador Alexandre Aleluia, chamando os professores de militantes travestidos de professores e afirmando que os professores fazem das suas escolas, “puxadinho de partido”.
Fotos: Getúlio Lefundes