Assassinato em Porto Seguro: professor Rui Oliveira tem audiência em Brasília

Nesta quinta-feira, 12 de novembro, em Brasília, audiência do professor Rui Oliveira com o ministro Tarso Genro, da Justiça. Objetivo: esclarecer à população como estão as investigações para descobrir os assassinos dos professores Elisney e Álvaro Henrique.

Notícias do dia 20 de outubro:

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Roberto Franklin de Leão, o Coordenador Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB/BA), Rui Oliveira, e o Secretário Geral da CNTE, Denilson Bento da Costa estiveram na terça-feira (20) com o consultor jurídico Rafael Favetti, para pedir o apoio da Polícia Federal nas investigações do assassinato de Elisney Pereira dos Santos e Álvaro Henrique Santos. Os dois professores, sindicalistas, foram mortos a tiros, após emboscada em Porto Seguro, no dia 17 de setembro.

O irmão de Álvaro, Eric Oliveira, compareceu à audiência e relatou o caso ao superintendente da Polícia Federal da Bahia e ao delegado-chefe da Polícia Federal de Porto Seguro, Fernando Peres. Os oficiais declararam que já estão auxiliando a Polícia Civil. Segundo Fernando Peres, as investigações estão bem encaminhadas. Ele acredita que o caso será solucionado em breve.

Também estiveram presentes no Ministério da Justiça o presidente da APLB de Porto Seguro, professor Jurandir Nascimento, e uma caravana de 27 pessoas, vinda da mesma cidade.

 

NOTA DA APLB-SINDICATO

A APLB-Sindicato, enlutada, reafirma sua solidariedade às famílias dos professores Elisney e Álvaro Henrique, brutalmente assassinados. Elisney, que era secretário da entidade em Porto Seguro, morreu no momento em que recebeu os tiros, na quinta-feira, 17 de setembro. Álvaro Henrique era presidente da APLB-Sindicato em Porto Seguro e morreu nesta quarta-feira, no Hospital São Rafael, em Salvador, para onde foi trazido depois do atentado. Passou por cirurgia para retirada de uma bala no cérebro, resistiu por quase uma semana, mas infelizmente faleceu.

Perde a educação. Perde o sindicalismo. Perde a família, e toda a categoria, a energia, a vida de dois jovens que só pensavam num mundo melhor onde a ensino público fosse digno, de qualidade e gratuito. A APLB-Sindicato que, na pessoa do seu coordenador-geral, professor Rui Oliveira, esteve presente no contato com as famílias desde o instante em que soube do brutal crime, exige do governo estadual extremo rigor na apuração do atentado, e da Justiça – após a polícia concluir as investigações – punição aos culpados.

“É inadmissível que em pleno Século XXI sindicalistas ainda morram à bala no Estado da Bahia”, afirma Rui Oliveira.

A APLB-Sindicato deu total apoio à família de Álvaro Henrique na resolução dos problemas burocráticos de liberação do corpo e do translado para Porto Seguro. Aconselhado pelo Departamento de Polícia do Interior (Dirpin), o professor Rui Oliveira não foi ao sepultamento. O Dirpin e a Secretaria de Segurança Pública entendem que não há segurança nesse momento em que ainda não se sabe quem foram os executores dos professores nem o que motivou tão bárbaro crime.

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Em congresso pela CTB, em São Paulo, a APLB-Sindicato fez uma moção de repúdio ao assassinato dos professores de Porto Seguro; em seguida houve a homenagem aos docentes com um minuto de silêncio, para depois todos falarem “Elisney e Álvaro estão presentes neste Congresso”.

 

 

Entrevista do prof. Rui Oliveira na TV Bahia, nesta quinta pela manhã.

 

 

A TARDE – 25/09/2009

 

Protesto e emoção em velório de sindicalista

 

Em Porto Seguro, grupo fechou BR-367 por meia hora, em frente à delegacia

 

Mário Bittencourt

Eunápolis

 

O corpo do sindicalista Álvaro Henrique Santos foi recebido por dezenas de pessoas no Aeroporto Internacional de Porto Seguro na manhã de ontem, sendo levado em cortejo, pelas ruas centrais da cidade.
Morto na tarde de anteontem, após passar cinco dias em coma por causa de um tiro na cabeça, o presidente da APLB/Sindicato local será enterrado nesta sexta-feira (25 de setembro), pela manhã, em Aurelino Leal.
Álvaro chegou a passar por uma cirurgia de emergência no Hospital São Rafael, em Salvador, para retirada da bala.
Ele foi vítima de uma emboscada em Porto Seguro, na noite do último dia 17, junto com o também sindicalista Elisney Pereira Santos, 31, morto com quatro tiros no dia do crime.
Antes de ir para o local do velório, no Colégio Municipal Frei Calixto, no bairro Baianão, um grupo fechou a BR-367, em frente à delegacia, por meia hora.
“Não se pode admitir isto que está ocorrendo em nosso município. Ao que parece, nós vivemos em uma terra sem lei, onde não existe democracia. A única coisa que esses professores faziam era lutar pelos direitos da nossa classe e pela melhoria da educação no município”, afirmou Marcos Matias, líder comunitário e amigo dos sindicalistas.

 

Silêncio no Frei Calixto

 

Cerca de duas mil pessoas, entre amigos, parentes, alunos e professores, foram se despedir de Álvaro. A emoção tomou conta do lugar.
O vice-presidente da APLB/Sindicato, Jurandir Nascimento estava chorando muito e disse que preferia não dar declarações. Ninguém da família de Álvaro quis se pronunciar.
A multidão acompanhou o corpo até a saída do bairro Baianão, de onde o veículo da funerária seguiu para Aurelino Leal, cidade natal do sindicalista.
No final da tarde de ontem (quinta-feira, 24) os professores, que estão em greve desde o dia 15 deste mês, se reuniram em assembleia para determinar os rumos que o movimento tomará.
Eles criticaram o secretário de Educação, Caetano Cupolo, que estaria “agindo de forma fria”, ao pedir a lista de presença dos professores para saber quem está na greve.
“Pedi sim a lista, mas isso é uma coisa natural. Eu tenho de saber todos os dias quem está indo ou não na escola, independentemente da greve”, rebateu Caetano Cupolo. De acordo com ele, na próxima terça-feira haverá mais uma rodada de negociação entre a Secretaria de Educação e os professores.

 

Investigação

 

Dez pessoas, entre testemunhas e suspeitos de mando do crime, foram ouvidas pela polícia local.
O resultado das perícias deve sair entre 20 e 30 dias, mas a polícia não fornece detalhes.

 

 

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Sobre a morte do professor Álvaro Henrique, o Correio foi o primeiro a noticiar. A assessoria de imprensa do hospital confirmou em seguida:

 

Correio – 24hs

23.09.2009 – 16h49
Sindicalista morre no Hospital São Rafael após sofrer atentado

 

Depois de uma cirurgia feita na última sexta-feira (18) para retirada de um projétil da cabeça, o presidente da APLB de Porto Seguro, Álvaro Henrique Santos, 28 anos, que estava internado no Hospital São Rafael, não resistiu aos ferimentos e morreu na tarde desta quarta-feira (23).

Na quinta-feira (17) á noite, quatro homens armados invadiram o sítio da mãe de Álvaro na localidade conhecida como Roça do Povo. Os bandidos mantiveram reféns a mãe e o irmão do sindicalista e os obrigaram a ligaar para Álvaro Henrique. Quando ele chegou ao local, acompanhado do amigo Elisney Pereira, 31, que acabou morto pelos bandidos.

A morte de Elisney, que teve o corpo sepultado na sexta-feira, fez com que cerca de 200 professores protestassem contra a morte do colega.

 

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.:: 23/09 – Professor vítima de emboscada em Porto Seguro morre

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NOTA DA APLB-SINDICATO EM 17 DE SETEMBRO

 

É com imensa consternação que a diretoria da APLB-Sindicato lamena a morte, por assassinato, do professor Elisney Pereira Santos. Ele e o professor Álvaro Henrique Santos, presidente regional da APLB-Sindicato, sofreram uma emboscada em Porto Seguro, Sul da Bahia, quinta-feira (17 de setembro), à noite. O professor Elisney morreu na hora em que recebeu os tiros. Seu corpo foi sepultado na sexta-feira à tarde, em Porto Seguro. O professor Álvaro Henrique está internado no Hospital São Rafael, em Salvador, para onde foi trazido, quinta à noite.

O crime ocorreu na localidade de Roça do Povo, região do bairro Baianão, no município de Porto Seguro. Segundo informações ainda não confirmadas, os dois professores foram vítimas de emboscada.

A diretoria da APLB-Sindicato, ao mesmo tempo em que se solidariza com as famílias dos dois professores, lamenta que a Bahia ainda sofra atentados contra sindicalistas que lutam por uma educação pública digna, de qualidade e gratuita.

A APLB-Sindicato exige que o Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Segurança Pública, investigue esse crime e puna os responsáveis.

A APLB-Sindicato está de luto.

 

O crime

 

Álvaro Henrique teria recebido telefonema de que seu filho e sua mãe estariam passando mal e se dirigiu ao local, no carro do sindicato, em companhia do colega. Os dois foram recebidos a tiros por três homens. Os bandidos fugiram em um Uno preto, quatro portas. A placa não foi identificada.
Álvaro Henrique tomou posse como presidente da entidade em 11 de julho deste ano. A APLB-Sindicato – Delegacia Costa do Descobrimento, com sede em Porto Seguro, atende a mais quatro cidades: Guaratinga, Itabela, Itagimirim e Santa Cruz Cabrália.

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Acompanhe as informações publicadas na imprensa:

 

Sindicalista vítima de atentado em Porto Seguro segue em estado grave

 

Blog Imprensa Livre

 

http://www.bahiadiadia.com.br/news.php?item.961.4

 

Presidente da APLB Àlvaro Henrique faz cirurgia e sai da UTI

Professores: delegado descarta hipótese de assalto

 

Leia a nota publicada em A TARDE, de sábado, 19 de setembro de 2009

 

 

A TARDE – sábado – 19 de setembro de 2009

 

Atingido por dois disparos, o presidente da APLB da região, Álvaro Santos, está na UTI do São Rafael

 

MÁRIO BITTENCOURT – Eunápolis

 

Mais de 500 professores da rede municipal de ensino foram às ruas de Porto Seguro (a 709 km de Salvador), cobrar agilidade na apuração do assassinato do dirigente sindical da APLB/Sindicato (entidade representante da categoria), Elisney Pereira Santos, 31, e da tentativa de homicídio contra o presidente do sindicato, Álvaro Henrique Santos, 28. Os crimes ocorreram na noite de anteontem na casa de Álvaro, localizada na Roça do Povo, a 5 km da sede do município.

O protesto ocorreu durante o enterro de Elisney, na tarde de ontem, em Porto Seguro.

Nenhum professor ouvido pela reportagem quis se identificar.

O clima era de revolta e medo, principalmente devido à forma como ocorreu o crime – os assassinos chamaram Álvaro para a própria casa, logo após tomarem sua mãe, Maria Aparecida, e seu irmão, Erick Márcio de Oliveira, 31, como reféns.

Quando os sindicalistas chegaram, foram recebidos a bala. Quatro tiros atingiram Elisney e Álvaro foi alvejado duas vezes. “Tínhamos iniciado uma greve na quarta-feira passada e no momento que ocorreram os crimes nós estávamos negociando pra voltar às aulas. Isso nos deixou muito abalados” declarou um professor de história, amigo de Elisney e de Álvaro.

Enquanto ocorria a manifestação, o professor Álvaro passava por uma cirurgia no Hospital São Rafael,em Salvador, para retirar uma bala que estava no crânio. O irmão dele, Erick, que o acompanhava, informou que a cirurgia durou cinco horas e que foi bem sucedida. “Ele ficará na UTI.O estado de saúde dele ainda é delicado”, explicou.

Erick se diz revoltado coma situação. “Meu irmão vinha recebendo ameaças há duas semanas. Estava fazendo nada mais do que exigir que os direitos dos professores, garantidos em lei, fossem cumpridos.

Esses crimes entraram para a história de Porto Seguro e não podem ficar impunes”, bradou.

O delegado Renato Ribeiro Fernandes disse que ainda não poderia apontar autoria e motivo dos crimes, embora tenha ouvido parentes das vítimas e testemunhas.

Os professores do município continuam em greve. Eles afirmam que a prefeitura está pagando salário de nível I para quem passou no concurso para nível II e que há alunos estudando em salas improvisadas em um lava-jato. O secretário de Educação de Porto Seguro, Caetano Cupolo, admitiu o improviso, mas garantiu que seis novas salas estão sendo construídas
Publicação do Correio online de 17/09/2009

De acordo os vizinhos, quatro homens chegaram em um veículo ao sítio da mãe de Álvaro, na localidade conhecida como Roça do Povo. Os bandidos mantiveram reféns a mãe e o irmão do sindicalista.
Em seguida, os homens exigiram que a mãe ligasse para Santos dizendo que o filho dele, criado no sítio, estava doente. Quando o professor chegou, acompanhado do amigo Eriney Pereira, foi recebido a tiros. Eriney, que estava na frente, morreu na hora.
Álvaro ficou gravemente ferido e foi atendido por uma ambulância da Samu. Ele foi levado para o Hospital Luís Eduardo Magalhães, onde passa por uma cirurgia para retirada das balas. O estado de saúde dele é considerado grave. A polícia ainda não tem pistas dos assassinos.
Greve
No final do mês de agosto, Álvaro esteve a frente de uma paralisação de professores da rede pública municipal de Porto Seguro.Cerca de mil professores, pais e alunos participaram do evento. De acordo com o site da APLB- Porto Seguro, 11 mil alunos estavam sem aula no município.  A polícia investiga se o presidente possuía inimigos ou divergentes políticos.

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