ARTIGO – Por Nivaldino Félix – O 2 de Julho e a verdadeira independência do Brasil
A cobrança de impostos, na Bahia e a carestia de vida foram uns dos fatores que provocou o início de um movimento pela expulsão dos portugueses da Bahia, já que em 7 de setembro de 1822, D. Pedro, imperador do Brasil , deu um grito e expulsou os portugueses, o que me parece uma piada histórica. Na Bahia, para que isso acontecesse foi preciso lutar e tivemos momentos importantes como a Batalha de Pirajá, com confrontos épicos, entre as tropas portuguesas e as forças populares. Nesse cenário de confrontos de guerra temos que destacar o papel das mulheres como: a negra Maria Felipa, com a audácia e espírito de guerreira dava surra de urtiga nos soldados portugueses; a freira Joana Angélica, que tentou impedir que os soldados entrassem na igreja e foi morta pela baioneta de um soldado; e Maria Quitéria, que se vestiu de homem e se alistou indo para o campo de batalha.
Nesse sentido, o que aconteceu foi uma separação do Brasil de Portugal, não independência, tanto em 7 de setembro de 1822 , quanto no 2 de julho de 1823. Por que falamos isso? Porque a relação de produção continuou escravista, isto é, foi mantido o sistema escravagista. Daí concluímos que a independência da Bahia e do Brasil, ainda há de demorar muito, porque estamos submetidos hoje a um novo tipo de escravidão capitalista, com uma nova versão de escravos assalariados
Daí podemos dizer que a data certa para comemorar a chamada independência do Brasil é 2 de julho de 1823.
Salve o 2 de julho!!
Artigo de Nivaldino Félix
Diretoria de Funcionários da Educação
APLB-Sindicato