ARTIGO Por Jhay Lopes – Exu da Grande Rio: ‘Um cala boca na intolerância religiosa’
O combate à intolerância religiosa ganhou destaque no enredo de algumas escolas de samba, no Carnaval do Rio de Janeiro e São Paulo, tendo como vencedora a Acadêmicos do Grande Rio que desmistificou o orixá Exu, o mensageiro entre o mundo espiritual e os seres humanos.
Mas, essa questão é muito importante e deve se fazer presente também no âmbito educacional. A escola deve combater a intolerância religiosa e promover a valorização da diversidade. Inclusive, a religião é um dos principais motivos de bullying na escola.
A informação e o diálogo são ferramentas eficazes para combater a intolerância religiosa nas escolas. Pois, ao entender que as religiões são manifestações culturais legítimas, os estudantes podem aprender a conviver com as diferenças, valorizar a diversidade e construir a própria identidade.
Uma gestão comprometida com a equidade deve estar atenta à questão, desenvolvendo ações de combate ao preconceito e à discriminação no espaço escolar.
O ensino religioso na escola pode se dar de forma transversal a diversas disciplinas, como Literatura, História, Geografia, Filosofia e Sociologia, entre outras, bem como integrar o programa das aulas sobre História e Cultura Afro-brasileira e Africana, conteúdo obrigatório desde a aprovação da Lei 10.639, em 2003.
Jhay Lopes
Diretora da APLB pasta Diversidade de Gênero “Transformação ” e integrante do Napar.