ARTIGO – Por mais mulheres ocupando espaços de poder, formação e por nenhum direito a menos

ARTIGO – Por mais mulheres ocupando espaços de poder, formação e por nenhum direito a menos

A APLB – Sindicato como legítima representante dos trabalhadores e das trabalhadoras em educação do estado da Bahia vem expressar, através de sua Diretoria de Mulher e Diversidade de Gênero, o reconhecimento da luta e conquistas alcançadas em relação aos direitos das mulheres no mundo do trabalho, na ciência, cultura, política, esporte, ou seja, em todas as esferas de poder e espaços sociais em que durante longo período foi-se negado o protagonismo feminino. Há ainda muito a avançar, pois em muitos desses espaços a mulher tem diversos desafios, dentre eles a permanência e valorização.

As mulheres ocupam fundamental atuação no desenvolvimento da sociedade brasileira, formam a maioria da categoria de profissionais da educação e, sobretudo, as mulheres negras se destacam na luta por uma sociedade antirracista, antipatriarcal, sem lgbtfobia e menos desigual.

Os indicadores sociais brasileiros indicam que infelizmente as mulheres ainda estão em situação vulnerável a violências diversas, como por exemplo, feminicídio, menores salários em comparação aos homens, violência simbólica, assédio moral e sexual, desemprego, sobrecarga e condições estressantes de trabalho, LGBTfobia, gordofobia, pressão social por uma aparência física irreal e etc. Todas essas violações trazem consequências danosas à saúde física e mental das mulheres desencadeando doenças e distúrbios, em muitos casos irreversíveis.

Portanto, é de vital importância que a sociedade brasileira se organize e se mostre contrária a toda e qualquer forma de opressão e violência direcionadas às meninas e mulheres, pois, sendo a escola um espaço social voltado para aprendizagens de valores e saberes que garantam a formação para a cidadania, educadores/as devem fazer da prática pedagógica um valioso e fundamental instrumento no combate à misoginia e racismo.

A APLB-Sindicato destaca que só poderemos enfrentar e vencer preconceitos e violências quando conseguirmos entender como se enraizaram em nossa cultura, utilizando-se de pesquisas acadêmicas que possam elucidar, denunciar e propor políticas públicas para reverter os indicadores sociais negativos a que sofrem determinados grupos sociais. A universidade pública, em destaque, a Universidade Federal da Bahia em seu Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismos – o PPGNEIM presta relevante contribuição social e política ao ofertar curso de doutoramento em Feminismo, Mulher e Gênero.

Parabenizamos a todas as mulheres e a todos/as/es os interessados em estudar, pesquisar, defender e fortalecer o feminismo, sem esquecer o marcador de raça, e assim contribuírem na formação de crianças, jovens e adultos no combate às desigualdades com as mulheres brasileiras e na construção de uma sociedade mais igual e humana.

Repudiamos quaisquer tentativas ideológicas, fascistas, jurídicas e políticas de cercear, prejudicar ou de silenciar mulheres que buscam se aprimorar profissionalmente em temas tais como o feminismo, buscando com isso combater práticas sexistas e misóginas em nossa sociedade. Por mais mulheres ocupando espaços de poder, formação e direitos!

Lugar de mulher é onde ela quiser!

 

Diretoria de Mulher e Diversidade de Gênero

APLB-Sindicato.

 

Assinam o artigo as diretoras da pasta: Jaiaci Lopes, Carla Oliveira  e Silvana Coelho

*Colaborou com o artigo Arielma Galvão, da diretoria Educacional 

 

*Clique e acesse também:  APLB repudia fala de desembargadora que ironiza e vota contra pedido de licença de professora para se especializar em Feminismo, Gênero e Mulher: “Isso é matéria para militância e não Doutorado”

 

 

Você pode gostar de ler também: