APLB-SINDICATO vai ao Ministério Público contra fechamento do Colégio Estadual Odorico Tavares
Dirigentes da APLB-SINDICATO estiveram hoje (10) reunidos com representantes do Ministério Público da Bahia, da Secretaria Estadual de Educação e do Colégio Estadual Odorico Tavares, em Salvador, contra o fechamento da unidade de ensino. Segundo informações, a direção da escola foi comunicada, no último dia 28, de que as matrículas para o próximo ano letivo foram bloqueadas. Desde então, alunos, ex-alunos, pais e professores protestam contra o fechamento do colégio.
Em nota encaminhada à imprensa, a Secretaria de Educação da Bahia negou que vá fechar a unidade e diz que está fazendo apenas o “remanejamento de vagas”. A SEC alega baixa procura por matrículas. O colégio, que funciona em imóvel próprio do estado, possui 30 salas e, segundo a secretaria, apenas 10 turmas estão em funcionamento.
Por outro lado, pais de alunos denunciam que tiveram dificuldade para realizar matrículas, pois as vagas não eram liberadas de imediato no sistema, somente após pedido dos gestores. Isso fez com que outras escolas fossem procuradas. A gestão estadual é acusada de decidir fechar a unidade sem o conhecimento da comunidade escolar. Representantes das entidades presentes na reunião alegam que o colégio possui excelente qualidade de ensino , com alunos aprovados em vários exames, e está entre os que obtiveram os 10 melhores resultados do Enem, no estado.
Na ocasião, a APLB apoiou a proposta do MP, de reabrir as matrículas para 2020.
“A APLB, por meio de seus representantes, defendeu a continuidade da existência do Colégio Odorico Tavares, pela qualidade do ensino, pela proximidade com o campus da UFBA e a consequente utilização desse espaço para pesquisa, além de promover o bom desempenho dos alunos no ENEM. Por motivos que desconhecemos, o governo vem, sistematicamente, negando matrículas para o público que procura a escola, desde 2010. Agora, sufocada e sem a ocupação devida, a unidade está sendo ameaçada de fechamento”, declarou o João Santana, diretor da APLB.
João informou ainda que, no próximo dia 16, haverá nova reunião para tratar a questão.