APLB-Sindicato se reuniu com o secretário da educação, nesta quarta (28), para dar continuidade à discussão da pauta emergencial

APLB-Sindicato se reuniu com o secretário da educação, nesta quarta (28), para dar continuidade à discussão da pauta emergencial

Dando continuidade às tratativas com a Administração Municipal sobre a pauta emergencial da categoria, a direção da APLB-Sindicato esteve mais uma vez em audiência com o secretário Guilherme Bellintani, nesta quarta-feira (28/1). Em todas as reuniões, ainda que o secretário esteja ocupando há pouco menos de um mês a pasta da Educação, a direção do Sindicato tem reafirmado a necessidade de a SMED adotar as medidas necessárias para garantir o início do ano letivo.

Quanto aos itens da pauta considerados emergenciais, foram discutidos os seguintes encaminhamentos:

I – Sobre a Reserva da Jornada – A comissão que estuda a regulamentação do Plano de Carreira e implantação da Reserva da Jornada, da qual a APLB-Sindicato faz parte, tem avançado nos trabalhos e já está discutindo propostas com o secretário da Educação. O objetivo é priorizar a regulamentação da Reserva. Esta mesma comissão continuará se reunindo para estudar os artigos do Plano que necessitam de regulamentação;

II – Sobre a convocação dos professores que estão no quadro de reserva – A informação é que os mesmos serão convocados em fevereiro, antes que expire o prazo do Concurso de 2010;

III – Sobre a indicação de gestores – A direção da APLB-Sindicato, que já havia cobrado em documento a indicação e nomeação de diretores e vices para as escolas que ainda estão sem gestores, apresentou ao secretário um novo documento no qual solicita agilidade na nomeação dos gestores e vice-gestores e apresenta uma proposta com a sugestão de nomes para os referidos cargos.

No documento, elaborado em parceria com o Fórum de Gestores, a APLB informa que a seleção foi realizada a partir de um trabalho cuidadoso, com base em critérios técnicos, respeitando a legislação, portarias e a Instrução Normativa que orientou o processo eleitoral.

A APLB defende o processo eletivo como o mais democrático para o provimento do referido cargo, por “inibir as praticas tradicionalistas calcadas no clientelismo e no favorecimento pessoal com a ingerência direta de agentes políticos”.

O documento destaca que a entidade se mantém firme no propósito de garantir que a escola “seja um espaço de convivência democrática, onde os gestores escolares trabalhem com a efetiva participação da comunidade escolar, escutando as suas necessidades, demonstrando capacidade administrativa e tendo como atribuição a elaboração de um projeto político pedagógico, que deve ser construído pela comunidade escolar, retratando a descentralização, a autonomia e a identidade da escola”.

Veja aqui os critérios considerados como fundamentais para as indicações pro-tempore:

1 – De acordo com o artigo 44 da LC nº 036/2004 – Estatuto dos Servidores do Magistério do Município de Salvador – consensuado pelos membros da Comissão Eleitoral como critério a ser sugerido, objetivando garantir a permanência de gestores que foram impossibilitados de compor chapa nas suas respectivas unidades escolares. Ressalte-se que esse critério exclui os profissionais que de alguma forma tinham condição de montar suas chapas e não o fizeram com o intuito de serem indicados;

Art. 44 – Além das hipóteses previstas no artigo anterior serão providos mediante livre designação os cargos em comissão de diretor e vice-diretor das unidades escolares novas e daquelas em que não se apresentem para concorrer às eleições, candidatos que preencham os requisitos indicados nos artigos 35 e 39 desta Lei Complementar.

2 – Garantir indicação dos profissionais que se submeteram ao processo de eleição e foram eleitos, entretanto as unidades escolares foram extintas ou estão em fase de extinção;

3 – O artigo 42 da LC 036/2004 – Estatuto dos Servidores do Magistério de Município de Salvador preconiza que “O vice-diretor é o substituto natural do diretor nas ausências, impedimentos, bem como no caso de vacância do cargo (…)”. Com base no disposto deste artigo, é imprescindível que a equipe gestora trabalhe com harmonia, linha de trabalho convergente e com parceria. Assim entendemos ser sensato consultar os gestores que foram eleitos com apenas um vice-gestor, para indicação do segundo vice;

4 – Manter o profissional que se encontra nesse momento acompanhando a matrícula em unidades escolares, por solicitação da SMED e que preenche os requisitos previstos em lei;

5 – Priorizar indicação de gestores com boas referências de trabalhos anteriores e que apresentaram bons índices em suas unidades escolares;

IV – Sobre as condições de trabalho/estrutura das escolas – O secretário apresentou para a direção do Sindicato proposta com as perspectivas de melhoria nas condições de trabalho e informou que a secretaria está estudando as mudanças logísticas e operacionais necessárias para melhorar o funcionamento das escolas. Na próxima reunião, marcada para o dia 3/2, a secretaria irá apresentar o relatório sobre a situação das escolas que estão sem condições de funcionamento e quais os encaminhamentos de solução para o início do ano letivo.

Sobre os funcionários terceirizados, o secretário disse que as demissões que estão ocorrendo é em função do excesso de pessoal terceirizado na rede e garantiu que não haverá carência de funcionários para o início do ano letivo. Para tanto, irá adequar o número de funcionários ao padrão SMED, ou seja o quadro de funcionários será de acordo com as necessidades de cada escola.

Ele anunciou também mudanças na organização das regionais, que sairão de 11 (onze) para 10 (dez) CREs, com a manutenção da figura do coordenador regional, que priorizará a questão pedagógica, e a instituição do coordenador administrativo, que tratará sobre as demandas administrativas de funcionamento das escolas.  O secretário foi categórico ao afirmar que “não haverá escola que não esteja cumprindo o padrão SMED”;

V – Sistema pedagógico – O secretario revelou que estuda uma nova proposta para a rede e que tem disposição de discutir com a APLB-Sindicato e com a categoria o novo formato de sistema de ensino para a rede.

A direção do Sindicato foi enfática em afirmar a necessidade de garantir as condições para o bom funcionamento do ano letivo que se avizinha. As discussões sobre a pauta emergencial terão continuidade e, como sempre, manteremos todos informados sobre o resultado das negociações com a administração municipal.

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